Defeso da sardinha em nova data

Em Angra, pesca da espécie já apresenta bons números mesmo em tempos de pandemia

Quinta-Feira, 18/06/2020 | Secretaria de Agricultura, Aquicultura e Pesca .

A data relacionada ao defeso da sardinha mudou em todo Brasil. Agora, em vez de acontecer entre 15 de junho e 31 de julho, o defeso será realizado entre 1º de outubro e 28 de fevereiro. O motivo da mudança tem a ver com a verificação de que muitas sardinhas ainda estavam ovadas durante a liberação da pesca.

– O que ensejou essa troca de período é que os pescadores, em nível de Brasil, estavam alegando que, quando capturavam as sardinhas, em outubro, elas ainda estavam ovadas, assim como na abertura do período, em 15 de fevereiro. Foram vários estudos de universidades e pedidos de locais de pesca que observavam essa característica, para que o período fosse alterado. Então, acabou-se com o defeso de 15 de junho a 31 de julho, e foi passado para 1º de outubro a 28 de fevereiro – explica o secretário de Agricultura, Aquicultura e Pesca.

O possível impacto da mudança relativa à data do defeso ainda não pode ser mensurado no município, justamente por conta de não existir histórico para determinada análise.

Em Angra, a pesca da sardinha não foi afetada pela pandemia do coronavírus. O setor pesqueiro está funcionando dentro da normalidade, trabalhando livremente, sem nenhuma restrição. No ano passado foram capturadas 3 mil toneladas de sardinha. Em 2020, de 16 de fevereiro até agora, já são 10 mil toneladas, mais de três vezes todo o ano anterior.

– Ainda temos até o dia 1º de outubro deste ano para fazer a captura da sardinha, e só por essas 10 mil toneladas, 2020 já está sendo bom. O ideal é que a gente atinja de 20 a 25 mil toneladas, o que dá uma boa rentabilidade para o pescador e não faz com que o preço da sardinha desabe no mercado – declara o secretário de Pesca.

Os pescadores de Angra vêm de grandes sacrifícios nos últimos três anos com a queda da captura da sardinha: em 2017 foram capturadas 13 mil toneladas; em 2018, 14 mil toneladas, e no ano passado, 3 mil toneladas. Em 2020, a esperança é que os números fiquem dentro de uma média anual positiva.