O prefeito em exercício, Leandro Silva, recebeu a imprensa na manhã de terça-feira, 19, no Centro de Estudos Ambientais (CEA), para um café da manhã e bate-papo com jornalistas sobre várias ações implementadas pelo governo. Dentre elas, a atual situação do Saae e da Cedae no município. O prefeito em exercício fez um balanço do que vem sendo discutido.
Leandro Silva e o presidente do Saae, Marcos Mafort, foram ao Rio de Janeiro para a segunda reunião entre Cedae e Saae na semana passada, dessa vez com a presença de Jorge Briad, presidente da Cedae. O assunto da primeira reunião, em que o prefeito cobrou uma resposta para a péssima atuação da empresa no município, foi retomado. Leandro reiterou a impossibilidade de manter duas entidades no mesmo lugar e a falta de responsabilidade do órgão estadual, já que muitas das ações que seriam da empresa recai para a prefeitura, por meio do Saae, que mantém plantões e serviços sete dias na semana para atender a toda população.
Na reunião, no Rio, Briad foi questionado que mesmo nas áreas da Cedae o esgotamento é feito pelo Saae e que os funcionários da autarquia é que acabam realizando, em muitos casos, serviços e reparos na rede de água também, para que a população dessas áreas não sofra com a falta de atendimento da estatal.
Hoje, a Cedae é responsável pelo abastecimento de água em apenas 30% do município, tendo uma arrecadação de cerca de R$ 900 mil por mês, enquanto o Saae toma conta do abastecimento de água para os outros 70% e mais 100% do esgotamento sanitário e, agora, com a readequação de tarifas, receberá cerca de 700 mil reais mensalmente.
Ficou acertado que, no próximo dia 2 de fevereiro, Leandro Silva e Mafort irão novamente se encontrar com Jorge Briad, que irá apresentar uma proposta de investimentos na cidade, com um plano de viabilidade econômica para água e esgoto em que a empresa assumiria toda a região central, incluindo todos os morros, a Japuíba e seu entorno.
A proposta tem metas como reforma da estação de bombas da Cedae, colocação de geradores, construção de uma nova adutora, redimensionamento de redes, dentre outras. Consta na proposta que a Cedae também assuma o esgotamento sanitário das áreas citadas. Para Mafort, o Saae está preparado para qualquer decisão.
– O Saae tem a certeza que possui competência para assumir toda a rede de distribuição de água da Cedae, se esse for o entendimento do Executivo, por falta de uma solução da empresa para com o município – resumiu ele.
Conforme o posicionamento da Cedae, caberá ao Executivo municipal de Angra decidir, de uma vez por todas, se haverá a municipalização do serviço em todo município, ou se a Cedae assumirá totalmente, sem mais interferência e responsabilidade do Saae, a parte da cidade na qual ela já atua.
– Estou absolutamente confiante que na próxima semana teremos uma resposta da Cedae, com a apresentação da alternativa que melhor atenderá aos munícipes, com a Cedae efetivamente assumindo suas responsabilidades – disse Leandro.