Angra dos Reis recebeu neste mês mais um reconhecimento pela qualidade de sua gestão ambiental. A Unicamp, por meio do Laboratório de Estudos e Pesquisas em Artes e Ciências (Lepac), entregou ao Instituto Municipal do Ambiente de Angra dos Reis (Imaar) o certificado de carbono compensado. O documento atesta as ações em prol do meio ambiente e da preservação que o governo municipal vem implementando.
O trabalho que rendeu o certificado para Angra foi o de coleta seletiva de óleo de cozinha. O material coletado representa, de acordo com os cálculos da universidade, uma compensação de 30,6 toneladas de carbono (CO2). É como se o município tivesse deixado de emitir essa quantidade de carbono na atmosfera.
O trabalho de coleta de óleo é coordenado pelo Imaar e realizado por uma cooperativa. Unidades de ensino e estabelecimentos comerciais do continente e da Ilha Grande participam do projeto, que conta ainda com outros locais de descarte (chamados de “ecoponto”). Nesta semana, as escolas municipais que participam do projeto também receberam certificados em um evento realizado no Centro de Estudos Ambientais (CEA), na Praia da Chácara.
Cada unidade de ensino envolve toda a comunidade do entorno, fazendo com que pais e mães de alunos, além de demais moradores, levem o óleo de suas casas para o descarte na escola. À cooperativa cabe o recolhimento regular do óleo acumulado e sua correta destinação, que tem sido, principalmente, a reutilização no fabrico de sabão e biodiesel.
Com a certificação, o município aumenta ainda mais a sua pontuação no ranking estadual do índice de conservação ambiental, relativo ao recebimento do chamado “ICMS Ecológico”. O ranking serve para ordenar os repasses de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), de modo que os municípios com as melhores gestões ambientais recebem os maiores repasses. O ICMS Ecológico (também chamado de “ICMS Verde”) representa 2,50% do ICMS estadual. Angra já vem melhorando sua pontuação e, no último ranking, ficou na oitava posição.
A Prefeitura de Angra e o Imaar, com recursos do Fundo Municipal de Meio Ambiente, estão investindo em melhorias para a ampliação do projeto de coleta de óleo, como a aquisição de novos reservatórios para o aumento da produção. A coleta evita que o óleo polua rios e o mar ou entupa a rede de esgoto.