Na manhã desta quarta-feira, 26, a Prefeitura de Angra realizou uma ação de reintegração de posse no bairro Campo Belo. A ocorrência aconteceu devido à ocupação irregular feita em uma área pública municipal localizada na Travessa Vitória, onde foram construídos cerca de 40 barracos.

Segundo o subsecretário de Segurança Pública do município, Alexandre Klippel, o que motivou o empossamento daquela área foi que os ocupantes acreditavam terem perdido o benefício do aluguel social, mas o que ocasionou a suspensão do benefício foi o não recadastramento junto à Secretaria de Assistência Social pelas famílias favorecidas.

- É uma área pública que já tem destinação, e as pessoas ocuparam por diversos motivos, seja por não terem condições de pagar aluguel ou pela falta de algum recurso. A prefeitura foi de pronto ao local. No primeiro encontro, não tivemos sucesso, mas, depois, com o diálogo, conseguimos convencer as pessoas a se retiraram do local, o que tornou a reintegração de posse um ato pacífico - afirma Klippel.

Com apoio da Subsecretaria de Serviços Públicos e na presença de um promotor de Justiça, que entregou uma liminar de desocupação da área ao subprefeito da região, Marcos Coelho, todas as construções que haviam sido suspensas para uso de moradia foram demolidas em uma ação totalmente pacífica.

Após 10 dias de acampamento e diversas conversas com representantes do Governo, os ocupantes entenderam à necessidade da desocupação daquela área e já providenciaram o cadastro para normalizarem seus direitos nos programas de habitação do governo federal, como o Minha Casa, Minha Vida. Alguns ocupantes também já atualizaram os dados cadastrais para continuar recebendo o Aluguel Social até que sejam beneficiados com moradias. Essas famílias terão seus perfis avaliados para, possivelmente, serem incluídas no Programa Minha Casa, Minha Vida.


PREFEITA RECEBE REPRESENTAÇÃO FEMININA NO CAMPO BELO

A prefeita Conceição Rabha recebeu em seu gabinete um grupo de representação feminina do bairro Campo Belo. A chefe do Executivo agradeceu ao grupo pelo entendimento dos apontamentos feitos durante os encontros no local do assentamento. Na ocasião, ela também recebeu das representantes dos assentados documentos com os dados de todos os envolvidos na ocupação para que, desta forma, se torne mais fácil fazer o acompanhamento e a avaliação dos perfis das famílias que vivem em vulnerabilidade social no bairro.

- Fiquei imensamente feliz pelo grupo ter entendido que é a melhor decisão a ser tomada. Estou sempre à disposição da população, mas não posso cometer a leviandade de prometer o que não podemos cumprir. Tenho certeza que vamos conseguir beneficiar de alguma forma essas famílias, pois queremos sempre o melhor para a nossa população.

A representante dos assentados, Sharlene Assunção Braga, agradeceu a compreensão do Governo e o espaço que foi aberto para os moradores expressarem sua vontade, que é a de garantir o direito à habitação, dentro dos programas municipais e federais.

- Entendemos a posição do Governo e eles também entenderam nossa situação, foi uma boa negociação. A partir desse entendimento, conhecemos uma outra face da história, pois pensávamos que a prefeitura não nos ouviria e estaria de portas fechadas para nós. Pelo contrário, fomos muito bem recebidos, tivemos nosso espaço respeitado e daqui para frente vamos nos empenhar para garantir mais benefícios para nosso bairro. O que motivou a nossa desocupação foi o diálogo e o espaço que nos foi aberto, além, claro, da garantia de que essas famílias serão analisadas para serem inseridas no projeto Minha Casa, Minha Vida - afirmou Sharlene.