Terapia Comunitária Integrativa

Técnica foi tema de encontro e é utilizada na prevenção contra o álcool e as drogas

27 de junho de 2012
A Terapia Comunitária Integrativa foi o tema de mais um encontro do Conselho Municipal de Entorpecentes de Angra dos Reis (Comen), realizado na terça-feira, dia 26, no Teatro Municipal - Centro Cultural Theophilo Massad. Das 9h às 12h o público pôde conhecer os conceitos e participar de dinâmicas de grupo. "A Terapia Comunitária Integrativa é uma técnica preconizada pela Secretaria Nacional Antidrogas para a prevenção e a solução da questão do uso abusivo de álcool e outras drogas", explicou a coordenadora de Tratamento do Comen, Maria de Betânia Chaves.

A apresentação e coordenação das dinâmicas foram feitas por três terapeutas comunitários de Angra, que trabalham nas unidades de Estratégia de Saúde de Família (ESF): a médica Lilian Machado e os dentistas Bianca Pezzini e Ricardo Klayn. "A Terapia Comunitária existe há mais de 20 anos e foi incorporada pelo Ministério da Saúde em 2008", disse Lilian. Atualmente, no país, há 29 pólos formadores de terapeutas e 11.500 formados.

Ela começou os trabalhos apresentando um breve histórico da metodologia no Brasil, originada a partir das seguintes questões:

Como sair de um modelo que gera dependência para um modelo que possa nutrir a autonomia do paciente?

Como romper com a concentração de informação pelo técnico e fazê-la circular, para que todos possam beneficiar-se?

Como transformar uma prática especializada e limitada em algo mais amplo, que possa ser aplicado mais facilmente?

Depois da apresentação teórica foi realizada a vivência prática com o público. Inicialmente quatro pessoas expressaram situações vividas, e que sentimentos elas provocaram. Lilian Machado atuou como uma mediadora. Em seguida os participantes fizeram uma "votação": cada um disse com qual situação identificou-se mais. O tema/situação mais votado foi, então, apresentando com mais detalhes e houve espaço para que fossem feitas perguntas sobre a experiência vivida que era expressada. Por fim, os participantes que tiveram experiência parecida com o tema mais votado puderam expressar-se também. Ao final da dinâmica, os trabalhos foram encerrados por Bianca Pezzini.

A palavra-chave da Terapia Comunitária Integrativa é compartilhar. Com a participação de cada um, foi demonstrado que a união e a atenção para com a experiência do outro é um dos meios mais eficazes para o enfrentamento da questão do uso abusivo de álcool e outras drogas. "A visão de nossa ação não é contra a pessoa, mas sim sempre a favor da vida", disse Maria de Betânia.