Defesa Civil apresenta projeto de monitoramento de encostas

Angra dos Reis foi um dos 6 municípios brasileiros escolhidos pelo Ministério da Ciência e Tecnologia para a implantação do projeto

23 de julho de 2015
Técnicos da Defesa Civil municipal reuniram-se nesta quarta-feira, 22, com líderes das associações de moradores das comunidades dos morros do Peres, Carioca, Abel e Monte Castelo, para a apresentação do projeto de monitoramento de encostas, que estará em funcionamento em Angra já no próximo verão. Desenvolvido em parceria com o Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Comaden) do Ministério da Ciência e Tecnologia, o projeto prevê a instalação, em cem pontos espalhados pelo município, de sensores geométricos de movimento de massa (prismas). Esses sensores enviarão a uma estação total robotizada (ETR), que será instalada no prédio da OI, no Centro de Angra, dados de possíveis movimentos de massa em áreas de risco já mapeadas pela Defesa Civil. O projeto vem complementar o sistema de alerta do órgão.

- Os prismas serão, em conjunto com as sirenes e com o sistema de SMS, mais um instrumento de prevenção de tragédias em nosso município, o que nos dará mais respaldo na hora de tomar decisões de evacuação de áreas, o que poderá significar a preservação de vidas - explicou o superintendente de Defesa Civil, Francisco Júdice.

Angra dos Reis foi um dos seis municípios brasileiros escolhidos pelo Ministério da Ciência e Tecnologia para a implantação do projeto de monitoramento de encostas. Uma outra cidade escolhida e que já está com ele em pleno funcionamento é Campos do Jordão, em São Paulo. Segundo Júdice, naquele município o projeto se mostrou eficaz e deu ao ministério resultados que respaldaram a instalação dos prismas nas outras cidades escolhidas.

Em Angra, os morros do Santo Antônio, Carmo, Caixa D´Água e Peres, que são considerados áreas de risco, serão priorizados para a instalação dos equipamentos. Já na próxima semana as equipes da Defesa Civil vão iniciar o trabalho de campo para identificar os pontos nas comunidades onde os prismas serão instalados. O que se planeja é encontrar áreas particulares e, a partir da autorização dos proprietários, fazer as instalações.

- Nós vamos precisar do apoio dos moradores para dar prosseguimento ao projeto. Depois de identificados os pontos onde pretendemos instalar os prismas, nós conversaremos com o morador do local que, estando de acordo, preencherá um termo que autorizará a instalação e a entrada das equipes nos terrenos para o caso de uma manutenção preventiva do equipamento. Temos certeza que não vamos encontrar obstáculos entre os moradores - analisou o superintendente.

Francisco Júdice lembrou ainda que para enfrentar o problema dos deslizamentos a Prefeitura de Angra, além de investir no monitoramento das áreas, também vem trabalhando para evitar que essas movimentações de massa aconteçam. Para isso, existem na prefeitura 29 projetos em andamento para contenção em áreas de risco, sendo que 12 desses projetos já têm verbas garantidas para serem executadas.