Procissão Marítima 2013 em debate

Várias propostas foram apresentadas no evento promovido pela TurisAngra; rebocador deve voltar à festa

23 de maio de 2012
A Fundação de Turismo de Angra dos Reis (TurisAngra) continua o trabalho de planejamento da Procissão Marítima 2013. Na manhã de terça-feira, 22, o presidente da fundação, Hique Carloni, levou os representantes da Associação dos Organizadores de Barcos da Procissão Marítima de Angra dos Reis (AOBPMAR), João Willy e Tony Miguel, para uma reunião na Capitania dos Portos. O comandante Niemer Gomes Rickmann recebeu o grupo para falar sobre os preparativos do evento, que no ano que vem, vai homenagear seu criador, José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni.
Durante a reunião, Hique Carloni apresentou uma série de propostas que poderão melhorar a realização da procissão. Foram citadas a volta da participação do rebocador da Petrobrás, que há alguns anos foi retirado da festa pela Capitania; a liberação para que as embarcações voltem a circular na concentração, na Praia das Flexas - neste ano as embarcações tiveram que ficar ancoradas - e a cessão do Cais dos Pescadores a partir do dia 30 de dezembro, para que as embarcações comecem a ser enfeitadas com maior antecedência.
Em contrapartida, a TurisAngra e a AOBPMAR sugeriram algumas novidades que podem ajudar na segurança durante a festa no mar. Uma delas seria a abertura de diversos postos de inscrição para a procissão. Ela não seria obrigatória, mas quem a fizesse assinaria um termo de responsabilidade sobre a legalização da embarcação. Todas receberiam uma identificação para facilitar a fiscalização da Capitania, que daria prioridade às embarcações não inscritas. Outra sugestão foi a obrigatoriedade de todas as galeras ter um salva-vidas a bordo.
- Além disso, também estamos estudando a possibilidade de voltar a montar um posto médico dentro de uma embarcação para que atendesse a pequenos acidentes, como suturas, aplicação de glicose ou até mesmo um repouso. Assim diminuiríamos as remoções feitas pela Defesa Civil - disse Carloni.
O valor do aluguel cobrado pelos proprietários de escunas também foi abordado durante o encontro. De acordo com João Willy, os organizadores ficam sujeitos a cifras que giram entre R$ 15 e R$ 18 mil, dependendo da capacidade de cada embarcação. Ele pediu ao comandante da Capitania para estudar a possibilidade da volta da participação de traineiras, o que poderia aumentar a oferta de barcos e diminuir os valores praticados atualmente.
- Recentemente vimos uma intervenção enérgica do Governo em relação aos preços cobrados para hospedagem durante a Rio + 20. Infelizmente isso faz parte da nossa cultura, mas espero que as pessoas entendam que inflacionar os aluguéis de embarcações pode, um dia, acabar com a festa - declarou Willy.



Comandante pede que solicitações sejam oficializadas


O comandante da Capitania dos Portos ouviu atentamente às colocações e elogiou a iniciativa de planejar o evento com tanta antecedência. Segundo o Capitão de Corveta Niemer Gomes Rickmann, quanto maior for o planejamento, menores são as possibilidades de haver erros durante a realização da procissão.
- É bastante louvável a iniciativa, e nós da Capitania dos Portos, estaremos juntos com a organização do evento para tentar alcançar o objetivo de fazer a melhor festa possível. Porém, eu tenho normas a seguir. Por isso, solicitei que todas as reivindicações fossem oficializadas, pois todas serão estudadas de acordos com nossas normas técnicas e posteriormente serão respondidas - disse o comandante.
Uma boa notícia passada pelo presidente da TurisAngra aos presentes foi a possibilidade de utilizar dinheiro arrecadado através da taxa de turismo para a implantação de um quiosque em um grande shopping da cidade. O quiosque servirá para divulgar as galeras que participam da procissão assim como material de divulgação da cidade. A reunião com a direção do shopping está marcada para quinta-feira, 24.