O Conselho Municipal de Entorpecentes de Angra dos Reis (Comen), em mais uma edição de seu fórum mensal, no auditório do Centro de Estudos Ambientais, debateu na terça-feira (22) a integração dos Centros de Apoio Psicossociais (CAPS) com outras unidades da rede de saúde da cidade. A tônica dos trabalhos foi a fiscalização das ações de políticas públicas na área de saúde mental. “Daqui para a frente o Comen vai aprofundar sua função, no sentido de fiscalizar essas ações”, afirmou a coordenadora de Tratamento do conselho, Maria de Betânia.

Participaram do fórum representantes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ), Unidade de Pronto Atendimento (UPA), Procuradoria do Município, Hospital de Praia Brava, Sociedade Pestalozzi, Alcoólicos Anônimos (AA) e de várias unidades de saúde municipais. Cada um discorreu sobre como sua instituição trabalha no atendimento do usuário de álcool e outras drogas e também das dificuldades enfrentadas no cotidiano. Em nome da Pestalozzi de Angra, Elisa Maria da Silva informou que há um “número significativo de pessoas” que são atendidas na unidade que possuem alguém na família com problemas relacionados ao uso de álcool e outras drogas.

Em relação às dificuldades no dia a dia, os profissionais de saúde destacaram o baixo número de médicos psiquiatras no quadro de pessoal da prefeitura. Maria de Betânia destacou que os existentes têm a “disponibilidade de capacitar os médicos de outras especialidades para aperfeiçoar o atendimento dos usuários”. Segundo os participantes, outro “nó” na rede pública é a necessidade de maior integração das diversas unidades que atendem aos usuários.

Os debates sobre o atendimento aos usuários de álcool e outras drogas também serão feitos na quinta-feira (24), às 13h30, durante reunião da Comissão de Saúde da Câmara Municipal de Angra dos Reis.