Prefeitura de Angra participa de cerimônia em memória dos 114 náufragos do Aquidabã

O ocorrido, símbolo dos sacrifícios daqueles que serviram à pátria em momentos de grande transformação política e social, completou 119 anos nesta terça-feira (21)

22 de janeiro de 2025

A Prefeitura de Angra esteve presente na cerimônia em homenagem aos 114 marinheiros que perderam a vida no naufrágio do encouraçado Aquidabã, ocorrido há 119 anos. O evento, organizado pela Marinha do Brasil, foi realizado no monumento dedicado ao navio, na Ponta Leste, localizado na Baía de Jacuecanga na manhã desta terça-feira (21). Estiveram presentes oficiais do Colégio Naval e autoridades da prefeitura de Angra que representaram o prefeito Cláudio Ferreti.

A cerimônia contou com a execução do Hino Nacional, um resumo da história do naufrágio e discursos que destacaram a importância de manter viva a memória dos marinheiros que perderam suas vidas no acidente. O evento foi encerrado com o depósito de uma coroa de flores no monumento, em um gesto de respeito e reverência.

– Preservar a memória do encouraçado Aquidabã é reconhecer sua relevância histórica e homenagear os 114 marinheiros que perderam a vida em serviço. O monumento erguido aqui na Ponta Leste mantém essa história viva em nossas mentes e reforça o compromisso de respeito e patriotismo, tão importantes para passarmos às gerações futuras sobre os valores da história naval brasileira – destacou o secretário de Relações Institucionais, Aurélio Marques.

História do naufrágio

O naufrágio do encouraçado Aquidabã, ocorrido em 21 de janeiro de 1906, marcou profundamente a história naval do Brasil. Construído na Inglaterra e incorporado à frota brasileira em 1885, o navio foi um marco da modernização da Marinha e participou de momentos históricos como a Proclamação da República e a Revolta da Armada. 

Sua tragédia foi causada por uma explosão nos paióis de munição, que resultou na morte de 114 marinheiros entre os 212 tripulantes a bordo. Entre as vítimas estava o Contra-Almirante João Cândido Brazil, natural de Angra dos Reis.

O episódio trouxe reflexões sobre a segurança em embarcações modernas e marcou uma etapa de aprendizado para a Marinha do Brasil. O Aquidabã, além de representar a força naval de sua época, tornou-se um símbolo dos sacrifícios feitos em nome do progresso e da defesa da pátria. O naufrágio é um lembrete da importância de preservar a memória histórica e de honrar aqueles que dedicaram suas vidas ao serviço do país.