Audiência pública no Aquidabã
Ampliação do Tebig é debatida. Criação de um grupo técnico municipal de trabalho já está em andamento
17 de maio de 2012

Na última quarta-feira, 16 de maio, foi realizada no Iate Clube Aquidabã, através da Câmara Municipal de Angra, uma audiência pública a respeito da necessidade de ampliação do Terminal Petrolífero da Ilha Grande (Tebig), que corre o risco de não ser autorizada pelo governo estadual.
Mais de 700 pessoas participaram do evento. Além da presença do prefeito Tuca Jordão e da primeira-dama Alessandra Jordão, o município foi representado também por secretários municipais, vereadores e cidadãos de várias esferas da sociedade.
Os deputados Fernando Jordão - federal - e Gustavo Tutuca - estadual - marcaram presença no Aquidabã, assim como o presidente da OAB de Angra dos Reis, Cláudio Gonzaga, o gerente executivo de Desenvolvimento de Logística para o Pré-Sal - Transpetro - Paulo Penchiná, e o gerente-executivo de Abastecimento e Logística da Petrobras, Eduardo Autran. O governo do estado, que foi convidado para o evento, não enviou nenhum representante.
A audiência foi dividida em três partes. Na primeira, o representante da Transpetro, Paulo Penchiná, falou sobre a obra de ampliação do terminal. "Com o crescimento da produção, há necessidade de aumentar a capacidade logística para atender à demanda. Após uma análise técnica, o Tebig foi definido como um dos projetos prioritários por causa da avaliação econômica, do tempo de viabilidade e da sustentabilidade dentro da questão ambiental", informou o gerente-executivo de Desenvolvimento de Logística para o Pré-Sal, antes de continuar: "Por isso, a empresa decidiu pela ampliação do terminal de Angra. A localização do Tebig também apresenta características favoráveis, já que ele está há 35 anos atuando na região de forma harmoniosa."
A segunda etapa do evento foi destinada à fala dos vereadores e demais representantes do município. Tuca Jordão foi o primeiro a discursar. Como de costume, evitou argumentos evasivos e foi direto ao assunto. "O Tebig representa R$ 300 milhões no orçamento de Angra. Quero dizer a Sérgio Cabral que ele tenha muito cuidado, pois São Paulo já manifestou interesse pelo assunto, e caso isso aconteça, não será apenas Angra que vai perder, mas o Estado do Rio", disse o prefeito, numa alusão ao interesse de São Paulo pela construção de um terminal naquele estado. Tuca Jordão completou: "Dei uma ordem ao secretário municipal de Meio Ambiente para que ele não faça parte do grupo de trabalho criado pelo estado, que é uma iniciativa para inglês ver. Por outro lado, através do decreto nº 8.334, de 9 de maio de 2012, estou criando um grupo técnico para avaliação da viabilidade ecológico-econômica da ampliação e modernização do Tebig. Agora que o pré-sal é para valer, eles querem tirar o mel da boca de Angra? Não adianta: a cidade não vai se calar."
Outro que também se pronunciou foi o presidente da Câmara dos Vereadores de Angra dos Reis, José Antônio. "O Tebig diz respeito aos nossos filhos. Temos que parar Angra por meio dia, em protesto, para mostrar que, caso o Tebig não seja ampliado, o município vai virar uma cidade-fantasma."
Depois do discurso do deputado estadual Gustavo Tutuca, que reiterou a ideia de que a discussão "não é apenas ambiental, mas política", e da fala dos vereadores, que reforçou a união do governo municipal no assunto, o deputado federal Fernando Jordão também se posicionou sobre o tema. "Nós temos que defender o povo da nossa cidade. Sabemos que o secretário de Estado do Ambiente, Carlos Minc, está induzindo Sérgio Cabral ao erro. Temos que escolher uma data para paralisar a cidade, mostrar ao governador que ele está errado."
A última parte da reunião foi destinada às entidades e lideranças comunitárias, que também tiveram espaço para discorrer sobre a necessidade da ampliação do Tebig. Propostas como a de paralisação do comércio da cidade e criação de uma carreata que levaria cidadãos do município até o Palácio da Guanabara, em protesto, serão analisadas pelo governo municipal. Para Tuca Jordão, a criação do grupo técnico municipal vai ajudar a resolver a questão de uma maneira justa. "Vamos provar ao grupo técnico do estado que não vai haver problema ambiental quanto à ampliação do Tebig."
Mais de 700 pessoas participaram do evento. Além da presença do prefeito Tuca Jordão e da primeira-dama Alessandra Jordão, o município foi representado também por secretários municipais, vereadores e cidadãos de várias esferas da sociedade.
Os deputados Fernando Jordão - federal - e Gustavo Tutuca - estadual - marcaram presença no Aquidabã, assim como o presidente da OAB de Angra dos Reis, Cláudio Gonzaga, o gerente executivo de Desenvolvimento de Logística para o Pré-Sal - Transpetro - Paulo Penchiná, e o gerente-executivo de Abastecimento e Logística da Petrobras, Eduardo Autran. O governo do estado, que foi convidado para o evento, não enviou nenhum representante.
A audiência foi dividida em três partes. Na primeira, o representante da Transpetro, Paulo Penchiná, falou sobre a obra de ampliação do terminal. "Com o crescimento da produção, há necessidade de aumentar a capacidade logística para atender à demanda. Após uma análise técnica, o Tebig foi definido como um dos projetos prioritários por causa da avaliação econômica, do tempo de viabilidade e da sustentabilidade dentro da questão ambiental", informou o gerente-executivo de Desenvolvimento de Logística para o Pré-Sal, antes de continuar: "Por isso, a empresa decidiu pela ampliação do terminal de Angra. A localização do Tebig também apresenta características favoráveis, já que ele está há 35 anos atuando na região de forma harmoniosa."
A segunda etapa do evento foi destinada à fala dos vereadores e demais representantes do município. Tuca Jordão foi o primeiro a discursar. Como de costume, evitou argumentos evasivos e foi direto ao assunto. "O Tebig representa R$ 300 milhões no orçamento de Angra. Quero dizer a Sérgio Cabral que ele tenha muito cuidado, pois São Paulo já manifestou interesse pelo assunto, e caso isso aconteça, não será apenas Angra que vai perder, mas o Estado do Rio", disse o prefeito, numa alusão ao interesse de São Paulo pela construção de um terminal naquele estado. Tuca Jordão completou: "Dei uma ordem ao secretário municipal de Meio Ambiente para que ele não faça parte do grupo de trabalho criado pelo estado, que é uma iniciativa para inglês ver. Por outro lado, através do decreto nº 8.334, de 9 de maio de 2012, estou criando um grupo técnico para avaliação da viabilidade ecológico-econômica da ampliação e modernização do Tebig. Agora que o pré-sal é para valer, eles querem tirar o mel da boca de Angra? Não adianta: a cidade não vai se calar."
Outro que também se pronunciou foi o presidente da Câmara dos Vereadores de Angra dos Reis, José Antônio. "O Tebig diz respeito aos nossos filhos. Temos que parar Angra por meio dia, em protesto, para mostrar que, caso o Tebig não seja ampliado, o município vai virar uma cidade-fantasma."
Depois do discurso do deputado estadual Gustavo Tutuca, que reiterou a ideia de que a discussão "não é apenas ambiental, mas política", e da fala dos vereadores, que reforçou a união do governo municipal no assunto, o deputado federal Fernando Jordão também se posicionou sobre o tema. "Nós temos que defender o povo da nossa cidade. Sabemos que o secretário de Estado do Ambiente, Carlos Minc, está induzindo Sérgio Cabral ao erro. Temos que escolher uma data para paralisar a cidade, mostrar ao governador que ele está errado."
A última parte da reunião foi destinada às entidades e lideranças comunitárias, que também tiveram espaço para discorrer sobre a necessidade da ampliação do Tebig. Propostas como a de paralisação do comércio da cidade e criação de uma carreata que levaria cidadãos do município até o Palácio da Guanabara, em protesto, serão analisadas pelo governo municipal. Para Tuca Jordão, a criação do grupo técnico municipal vai ajudar a resolver a questão de uma maneira justa. "Vamos provar ao grupo técnico do estado que não vai haver problema ambiental quanto à ampliação do Tebig."