Vice-prefeito se reúne com Eletronuclear
Motivo da reunião foi a preocupação com o número de demissões e o impacto na economia da cidade
16 de outubro de 2015
Preocupado com as mais de 1.100 demissões dos trabalhadores da construção civil na usina nuclear de Angra 3, na última terça-feira, dia 13, o vice-prefeito de Angra dos Reis, Leandro Silva, acompanhado do secretário de Governo, Robson Marques, do secretário de Atividades Econômicas, Marcelo Oliveira, e do presidente da Câmara de Dirigentes e Lojistas (CDL), Valter Ornelas, se reuniu com o presidente da Eletronuclear, Pedro Figueiredo, na sede da empresa, no Rio de Janeiro. A reunião foi solicitada pelo Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias da Construção Civil de Angra dos Reis e Paraty (Sticpar). Também participaram os vereadores Fábio Macedo e Sargento Thimoteo.
Segundo o Sticpar, as demissões foram confirmadas na quinta-feira, 8, após a notificação, no dia 7, sobre os desligamentos. O motivo seria falta de verba para continuidade dos serviços. As usinas de Angra dos Reis são operadas pela Eletrobras/Eletronuclear, e a construção civil de Angra 3 é de responsabilidade da construtora Andrade Gutierrez.
– A minha grande preocupação é com o impacto dessas demissões na nossa cidade. Trouxemos para o encontro o presidente da CDL que pode nos dar uma noção do que esses números representam. Pontuou o vice-prefeito, que tem acompanhado pessoalmente as grandes pautas que dizem respeito ao emprego dos munícipes.
Já o secretário de governo, Robson Marques, foi além e pontuou junto ao presidente da Eletronuclear os problemas da paralisação da obra e a possibilidade de degradação do que já foi construído.
– Eu lembro que na construção de Angra 2 a situação foi semelhante, mas que a parte civil já estava pronta. Peço que a empresa tenha atenção quanto à degradação do que já foi feito, para que não haja desperdício do dinheiro público – pontuou o secretário de Governo, que foi endossado pelo sindicato.
Ainda no encontro, o sindicato propôs que os trabalhadores demitidos tenham a prioridade na nova contratação. Em tempo, coube ao presidente do Sticpar, Anderson Pereira, informar que conta, nessa articulação, com as forças políticas que o município dispõe em Brasília.
– Entendemos a importância do projeto nuclear brasileiro e o que de fato isso significa para a nossa cidade. Tanto o deputado Luiz Sérgio quanto o deputado Fernando Jordão já me ligaram e estão se articulando em Brasília e nos ajudando nessa articulação. O momento é de conseguir verbas para a conclusão desta obra – disse Anderson, que relembrou com o secretário de Atividade Econômicas os esforços para a liberação do licenciamento de Angra 3.
– Muitos que estão nessa mesa participaram daquela movimentação no passado. Nos unimos pela cidade e fomos ate Brasília de ônibus. Hoje a história se repete. Estamos mais uma vez reunidos pela nossa cidade e vamos lutar por ela. Se Deus quiser, seremos vitoriosos como fomos – concluiu Marcelo Oliveira.
Encerrando a reunião, o presidente da Eletronuclear, Pedro Figueiredo, informou que 62% da obra está pronta e que hoje, no canteiro de obras, há dois principais contratos na construção de Angra 3: o contrato de civil, que está parado, e o de montagem, que será iniciado após a conclusão da parte civil.
– A Eletronuclear sempre teve um compromisso com o município. Estamos levantando os custos e já estamos atentos a não degradação do que já foi feito – salientou.
– Tentamos adiar, prorrogar essas demissões. Atualmente são 114 contratos que compõem o consórcio de construção de Angra 3. Alguns deles de fora do Brasil. Estamos buscando o BNDES e a Caixa Econômica Federal para o financiamento final dessa obra e a retomada dos trabalhos. A articulação dos deputados que foram eleitos pela cidade é muito importante neste processo. Estamos trabalhando para que tudo se encaminhe da melhor forma e, em janeiro, haja o retorno das contratações – concluiu Figueiredo.
IMPACTO NA ECONOMIA LOCAL
A CDL, que cuida do setor empresarial, já demonstra preocupação com o número de demissões e o que isso pode ocasionar.
– A usina, a Brasfels e a Transpetro são os principais empregadores da região. Estamos numa fase muito delicada para todas essas empresas, e, infelizmente, o que mais nos preocupa é que essa época de demissões virá no final do ano, uma época de festas, Natal, Ano Novo – disse o presidente da CDL, Valter Ornelas.
– Penso que devemos montar um grupo de trabalho para acompanhar todo esse processo que está se construindo. É de suma importância a participação do sindicato, da Câmara dos vereadores, do Executivo Municipal e da própria Câmara de Dirigentes e Lojistas, que representa um setor que é afetado com essas demissões. Minha preocupação é como outros setores serão prejudicados com a paralisação da obra e o impacto em escala que isso se dará na nossa cidade – pontuou o vice-prefeito.
Segundo o Sticpar, as demissões foram confirmadas na quinta-feira, 8, após a notificação, no dia 7, sobre os desligamentos. O motivo seria falta de verba para continuidade dos serviços. As usinas de Angra dos Reis são operadas pela Eletrobras/Eletronuclear, e a construção civil de Angra 3 é de responsabilidade da construtora Andrade Gutierrez.
– A minha grande preocupação é com o impacto dessas demissões na nossa cidade. Trouxemos para o encontro o presidente da CDL que pode nos dar uma noção do que esses números representam. Pontuou o vice-prefeito, que tem acompanhado pessoalmente as grandes pautas que dizem respeito ao emprego dos munícipes.
Já o secretário de governo, Robson Marques, foi além e pontuou junto ao presidente da Eletronuclear os problemas da paralisação da obra e a possibilidade de degradação do que já foi construído.
– Eu lembro que na construção de Angra 2 a situação foi semelhante, mas que a parte civil já estava pronta. Peço que a empresa tenha atenção quanto à degradação do que já foi feito, para que não haja desperdício do dinheiro público – pontuou o secretário de Governo, que foi endossado pelo sindicato.
Ainda no encontro, o sindicato propôs que os trabalhadores demitidos tenham a prioridade na nova contratação. Em tempo, coube ao presidente do Sticpar, Anderson Pereira, informar que conta, nessa articulação, com as forças políticas que o município dispõe em Brasília.
– Entendemos a importância do projeto nuclear brasileiro e o que de fato isso significa para a nossa cidade. Tanto o deputado Luiz Sérgio quanto o deputado Fernando Jordão já me ligaram e estão se articulando em Brasília e nos ajudando nessa articulação. O momento é de conseguir verbas para a conclusão desta obra – disse Anderson, que relembrou com o secretário de Atividade Econômicas os esforços para a liberação do licenciamento de Angra 3.
– Muitos que estão nessa mesa participaram daquela movimentação no passado. Nos unimos pela cidade e fomos ate Brasília de ônibus. Hoje a história se repete. Estamos mais uma vez reunidos pela nossa cidade e vamos lutar por ela. Se Deus quiser, seremos vitoriosos como fomos – concluiu Marcelo Oliveira.
Encerrando a reunião, o presidente da Eletronuclear, Pedro Figueiredo, informou que 62% da obra está pronta e que hoje, no canteiro de obras, há dois principais contratos na construção de Angra 3: o contrato de civil, que está parado, e o de montagem, que será iniciado após a conclusão da parte civil.
– A Eletronuclear sempre teve um compromisso com o município. Estamos levantando os custos e já estamos atentos a não degradação do que já foi feito – salientou.
– Tentamos adiar, prorrogar essas demissões. Atualmente são 114 contratos que compõem o consórcio de construção de Angra 3. Alguns deles de fora do Brasil. Estamos buscando o BNDES e a Caixa Econômica Federal para o financiamento final dessa obra e a retomada dos trabalhos. A articulação dos deputados que foram eleitos pela cidade é muito importante neste processo. Estamos trabalhando para que tudo se encaminhe da melhor forma e, em janeiro, haja o retorno das contratações – concluiu Figueiredo.
IMPACTO NA ECONOMIA LOCAL
A CDL, que cuida do setor empresarial, já demonstra preocupação com o número de demissões e o que isso pode ocasionar.
– A usina, a Brasfels e a Transpetro são os principais empregadores da região. Estamos numa fase muito delicada para todas essas empresas, e, infelizmente, o que mais nos preocupa é que essa época de demissões virá no final do ano, uma época de festas, Natal, Ano Novo – disse o presidente da CDL, Valter Ornelas.
– Penso que devemos montar um grupo de trabalho para acompanhar todo esse processo que está se construindo. É de suma importância a participação do sindicato, da Câmara dos vereadores, do Executivo Municipal e da própria Câmara de Dirigentes e Lojistas, que representa um setor que é afetado com essas demissões. Minha preocupação é como outros setores serão prejudicados com a paralisação da obra e o impacto em escala que isso se dará na nossa cidade – pontuou o vice-prefeito.