Projeto Vem Passarinhar chega a Angra
Equipe de observadores de pássaros identificou cerca de 70 espécies no Vale do Ariró
15 de dezembro de 2015
No último domingo, 13, o município de Angra recebeu, no Vale do Ariró, o primeiro Roteiro de Observação de Aves do Parque Estadual Cunhambebe, que faz parte do projeto “Vem Passarinhar”, do Instituto Nacional do Ambiente (Inea), e que recebeu apoio da Prefeitura de Angra, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, Subsecretaria de Agricultura e Turisangra.
Com o objetivo de fomentar o turismo ecológico e a educação ambiental dentro das unidades de conservação do estado do Rio, o encontro reuniu curiosos e interessados por espécies diversificadas de pássaros da região do Parque Estadual do Cunhambebe, que envolve os municípios de Angra, Paraty, Mangaratiba, Itaguaí e Rio Claro, onde foi realizado o encontro no fim de semana. Eduardo Ferreira, que é guarda parque na região, destacou a importância da preservação das espécies através da conservação da mata atlântica e da coibição da caça.
– No Ariró há espécies raras, como o Curió, Chanchão e o Formigueiro da Cabeça Negra, e esse é um grande motivo para preservar essas áreas e fortalecer a atividade de visitação e apreciação. Coibindo a caça, o desmatamento, a poluição e o assoreamento do rio, que geralmente é causado pela erosão do solo por após a sequência de desmatamento, colaboraremos para a procriação dessas espécies – afirma Eduardo.
A função do Parque Estadual do Cunhambebe é realizar a fiscalização, inibição de infrações ambientais, caças e captura de animais, evitar desmatamentos e queimadas, entre outras demandas. A multa aplicada à flagrante de caça a espécie ameaçada de extinção, que geralmente é capturada para gaiola, pode chegar a R$ 5 mil.
Antes da caminhada, o grupo se reuniu em um café da manhã típico da região, com produtos locais. Após, fizeram uma longa caminhada de em torno de 400m no parque, seguindo o percurso do rio Ariró, com paradas que permitiam escutar e identificar o canto e as espécies de pássaros. O passeio terminou nas plantações de hortaliças de Edson Lima, proprietário local, onde os participantes puderam conhecer um pouco de seu trabalho e das espécies cultivadas na localidade. Esse é o 15º encontro, que é realizado mensalmente em cada unidade de conservação ou parque do estado do Rio. Angra estará novamente no roteiro em 2016.
Para tornar o reconhecimento das aves mais fácil, a equipe estava acompanhada do biólogo do Inea, João Rafael Marins, que também é analista ambiental do Parque Estadual do Desengano, no Rio de Janeiro, e especialista em identificar diferentes cantos de pássaros. Só na localidade do Ariró, foram detectadas 70 espécies diferentes. Segundo João, a variedade se deve às condições climáticas.
– A identificação dos pássaros é feita através dos sons que eles transmitem e também pela percepção visual. Na mata atlântica você não consegue visualizar todos os pássaros, então as pessoas que estudam pássaros tentam reconhecê-los mais pelos sons, que ficam gravados na memória como uma música que gostamos. Isso para mim é como um passatempo, enquanto uns gostam de assistir jogos na TV, eu gosto de estar na mata estudando, fotografando e registrando os bichos que eu observo – explica João, que incentiva as pessoas do campo a investirem na profissão de guia de observação de pássaros que, segundo ele, tem sido uma das profissões mais rentáveis dos últimos anos.
Para Rita de Cássia, gerente de conservação e projetos ambientais da Secretaria de Meio Ambiente, o sucesso do “Vem Passarinhar“ superou a expectativa. Ela afirma que esse é apenas o começo, pois a meta é tentar estruturar um roteiro para trabalhar em um plano de desenvolvimento local para o bairro Ariró. Ao Parque Estadual do Cunhambebe caberá fazer um estudo de capacidade e suporte, ou seja, delimitar a quantidade de pessoas que podem desfrutar daquela área de balneário e trilhas. A Subsecretaria de Agricultura se encarrega de mapear todos os produtores rurais que existem naquela localidade. Para a estudante de Turismo da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Emília Hard, essa foi uma grande experiência que contribuirá bastante no aprofundamento de seus estudo.
– Esse é o primeiro passeio de observação de pássaros do qual eu participo, e acredito que ele influenciará muito no turismo dentro da cidade de Angra quando for mais divulgado. Os turistas passarão a conhecer o outro lado da cidade, que está além do sol e mar, passarão a conhecer pontos mais atrativos, como hortas, trilhas, observatório de pássaros e muitos outros. Esse será mais um segmento do turismo e tenho certeza que fará um grande sucesso – finaliza Emília.
Com o objetivo de fomentar o turismo ecológico e a educação ambiental dentro das unidades de conservação do estado do Rio, o encontro reuniu curiosos e interessados por espécies diversificadas de pássaros da região do Parque Estadual do Cunhambebe, que envolve os municípios de Angra, Paraty, Mangaratiba, Itaguaí e Rio Claro, onde foi realizado o encontro no fim de semana. Eduardo Ferreira, que é guarda parque na região, destacou a importância da preservação das espécies através da conservação da mata atlântica e da coibição da caça.
– No Ariró há espécies raras, como o Curió, Chanchão e o Formigueiro da Cabeça Negra, e esse é um grande motivo para preservar essas áreas e fortalecer a atividade de visitação e apreciação. Coibindo a caça, o desmatamento, a poluição e o assoreamento do rio, que geralmente é causado pela erosão do solo por após a sequência de desmatamento, colaboraremos para a procriação dessas espécies – afirma Eduardo.
A função do Parque Estadual do Cunhambebe é realizar a fiscalização, inibição de infrações ambientais, caças e captura de animais, evitar desmatamentos e queimadas, entre outras demandas. A multa aplicada à flagrante de caça a espécie ameaçada de extinção, que geralmente é capturada para gaiola, pode chegar a R$ 5 mil.
Antes da caminhada, o grupo se reuniu em um café da manhã típico da região, com produtos locais. Após, fizeram uma longa caminhada de em torno de 400m no parque, seguindo o percurso do rio Ariró, com paradas que permitiam escutar e identificar o canto e as espécies de pássaros. O passeio terminou nas plantações de hortaliças de Edson Lima, proprietário local, onde os participantes puderam conhecer um pouco de seu trabalho e das espécies cultivadas na localidade. Esse é o 15º encontro, que é realizado mensalmente em cada unidade de conservação ou parque do estado do Rio. Angra estará novamente no roteiro em 2016.
Para tornar o reconhecimento das aves mais fácil, a equipe estava acompanhada do biólogo do Inea, João Rafael Marins, que também é analista ambiental do Parque Estadual do Desengano, no Rio de Janeiro, e especialista em identificar diferentes cantos de pássaros. Só na localidade do Ariró, foram detectadas 70 espécies diferentes. Segundo João, a variedade se deve às condições climáticas.
– A identificação dos pássaros é feita através dos sons que eles transmitem e também pela percepção visual. Na mata atlântica você não consegue visualizar todos os pássaros, então as pessoas que estudam pássaros tentam reconhecê-los mais pelos sons, que ficam gravados na memória como uma música que gostamos. Isso para mim é como um passatempo, enquanto uns gostam de assistir jogos na TV, eu gosto de estar na mata estudando, fotografando e registrando os bichos que eu observo – explica João, que incentiva as pessoas do campo a investirem na profissão de guia de observação de pássaros que, segundo ele, tem sido uma das profissões mais rentáveis dos últimos anos.
Para Rita de Cássia, gerente de conservação e projetos ambientais da Secretaria de Meio Ambiente, o sucesso do “Vem Passarinhar“ superou a expectativa. Ela afirma que esse é apenas o começo, pois a meta é tentar estruturar um roteiro para trabalhar em um plano de desenvolvimento local para o bairro Ariró. Ao Parque Estadual do Cunhambebe caberá fazer um estudo de capacidade e suporte, ou seja, delimitar a quantidade de pessoas que podem desfrutar daquela área de balneário e trilhas. A Subsecretaria de Agricultura se encarrega de mapear todos os produtores rurais que existem naquela localidade. Para a estudante de Turismo da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Emília Hard, essa foi uma grande experiência que contribuirá bastante no aprofundamento de seus estudo.
– Esse é o primeiro passeio de observação de pássaros do qual eu participo, e acredito que ele influenciará muito no turismo dentro da cidade de Angra quando for mais divulgado. Os turistas passarão a conhecer o outro lado da cidade, que está além do sol e mar, passarão a conhecer pontos mais atrativos, como hortas, trilhas, observatório de pássaros e muitos outros. Esse será mais um segmento do turismo e tenho certeza que fará um grande sucesso – finaliza Emília.