Prefeitura discute melhorias para produtores rurais

Programa Rio Rural, sigatoka negra e palmito pupunha foram os pontos abordados

15 de julho de 2015
O vice-prefeito de Angra, Leandro Silva, e o secretário de Atividades Econômicas do município, José Rafael Ribeiro, participaram de uma reunião no Rio de Janeiro com o secretário de Estado de Agricultura, Cristino Áureo, para solucionar três importantes assuntos visando a melhoria da qualidade de vida dos agricultores da região: acelerar o processo de adesão de Angra ao programa Rio Rural, resolver o impasse causado pela dúvida sobre a ocorrência da doença sigatoka negra nas plantações de banana e rever com urgência o zoneamento ecológico-econômico do estado, que proíbe o cultivo de florestas plantadas, como o palmito pupunha, na região da Costa Verde.

O secretário Rafael Ribeiro considerou o encontro produtivo e espera “que as reivindicações levadas ao secretário sejam atendidas o mais rápido possível, porque a não resolução prejudica toda a produção rural do município“, explica.

Segundo o secretário, o primeiro ponto discutido foi a necessidade de aceleração do processo, já iniciado pelo município, de adesão ao programa Rio Rural, que promove desenvolvimento sustentável em microbacias hidrográficas, com investimentos do Banco Mundial, visando a conservação de recursos naturais, recuperação de matas ciliares e apoio à agricultura sustentável e a infraestrutura geral.

O segundo ponto de pauta foi procurar solucionar o impasse causado por dúvidas no diagnóstico oficial sobre a ocorrência ou não da doença sigatoka negra em Angra e Paraty, que está trazendo problemas para a comercialização da banana. Sobre o assunto, decidiram agendar reunião na região com representantes dos governos estadual e municipais e dos produtores rurais, o mais breve possível.

O terceiro ponto discutido foi o pedido do município para que o governo do estado reveja o zoneamento ecológico-econômico, visando a retirada do palmito pupunha da categoria de florestas plantadas.

- A manutenção do palmito pupunha como floresta plantada irá prejudicar enormemente a comercialização do produto, que vem sendo plantado e comercializado há mais de 20 anos na região de Angra e Paraty, somando cerca de 2 milhões de pés. O pupunha inclusive faz parte do programa de alimentação escolar das escolas estaduais da região - explica Rafael Ribeiro.