Saúde discute desastres naturais

Evento inédito no município contou com representante do governo do estado

10 de novembro de 2014
A degradação ambiental, acidentes naturais e o papel do Poder Público na prevenção e no cuidado com as vítimas dessas ocorrências foram os temas principais do primeiro Seminário de Ações de Saúde em Situações de Desastres Naturais e Tecnológicos, promovido pela Prefeitura de Angra dos Reis, por meio da Secretaria de Saúde. Realizado no Centro de Estudos Ambientais (CEA), na Praia da Chácara, o evento tratou de ações para o “antes“, “durante“ e “pós“ desastres, tendo como motivador o programa Vigidesastre, da Diretoria de Vigilância Ambiental. A subsecretária de Vigilância em Saúde, da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro, Hellen Harumi Miyamoto, participou do encontro e elogiou a temática e a integração dos organismos municipais.

- Eventos como este só mostram a importância da união entre os setores da secretaria e também de toda a prefeitura. Porque num momento de crise, não é somente a Secretaria de Saúde quem atua, mas sim todos os órgãos. A Saúde tem por obrigação reduzir o impacto que as emergências causam para uma população - disse Hellen Miyamoto.

Diversas palestras fizeram parte da programação. A primeira foi sobre degradação ambiental, com a coordenadora do CEA, Rita de Cássia. Em seguida, o engenheiro da Defesa Civil, Fabiano Jardim, falou sobre as ações da Defesa Civil nas ocorrências de desastres. Ele lembrou dos sistemas de prevenção da secretaria, como os pluviômetros, o sistema de Alerta e Alarme e a capacitação de voluntários, como destacou o secretário municipal da pasta, Marco Oliveira.

- Nós agimos tanto na prevenção quanto na resposta. A Secretaria de Saúde é de grande importância nesses dois processos. Este é apenas o primeiro de muitos eventos que faremos em parceria. Os moradores só têm a ganhar - frisou Marco.

O representante da coordenação do Plano de Emergência da Central Nuclear, engenheiro Francisco Vilhena, explicou como funciona o plano e as medidas tomadas pela empresa no caso de um acidente tecnológico. Ele explicou que o Plano de Emergência Externo tem o apoio de diversos órgãos. Em Angra dos Reis, a Eletronuclear conta com o apoio da Prefeitura de Angra, por meio da Defesa Civil e da Secretaria de Saúde. A superintendente de Planejamento da Secretaria de Saúde, Míriam Mouzinho, disse que o fato de abrigar uma usina nuclear, torna ainda mais importante a formação de profissionais em casos de emergência.

- Nós somos o único município com usina nuclear. Precisamos estar sempre preparados para qualquer emergência, tanto natural quanto tecnológica. Por isso, estamos nos programando, nos planejando. Precisamos saber o papel de cada um - frisou Mírian.

O PAPEL DO ESTADO EM UM DESASTRE

À tarde, o foco do seminário foi o papel da Saúde em um desastre. A representante do governo do estado, Hellen Miyamoto, explicou como trabalha a Vigilância em Saúde e o Programa Vigidesastre, que tem por objetivo desenvolver um conjunto de ações a serem adotadas continuamente pelas autoridades de saúde pública para reduzir a exposição da população e dos profissionais de saúde aos riscos de desastres, além de reduzir as doenças e agravos decorrentes.

Também participaram da mesa de abertura o diretor de Vigilância Ambiental, Romário Gabriel; a coordenadora de Fatores de Risco Não Biológicos, Adriana Belmiro; a representante da Vigilância Epidemiológica, Simone Moraes; da Vigilância Sanitária, Lauren Santos; e da Fundação Eletronuclear de Assistência Médica, Tereza Leite.

Para encerrar o evento, foi feita uma mesa-redonda para debater ações pré, durante e pós desastre. Participaram da mesa os representantes das vigilâncias Sanitária, Ambiental e Epidemiológica, além do superintendente de Atenção Pré-Hospitalar, André Farias, da superintendente de Atenção Básica, Maria José Fraga, e da representante da Feam, Tereza Leite.