USP e Defesa Civil instalam sismógrafos em Angra dos Reis

Técnicos da universidade vieram ao município para investigar tremores de terra

08 de junho de 2015
Dois técnicos da Universidade de São Paulo vieram a Angra dos Reis, na última semana, para instalar três sismógrafos nos arredores do local onde ocorreram tremores de terra no último mês. Segundo os moradores da Santa Rita, a terra tremeu nos dias 3, 10 e 24 de maio. A Defesa Civil acompanhou todo o trabalho de campo.

Além de acompanhar de perto, analisando e observando qualquer fissura ou rachadura no solo ou residência, a Defesa Civil buscou parceria com especialistas no assunto. Os sismólogos Bruno Collaço e Felipe Neves instalaram três aparelhos nos arredores de onde foram registrados os tremores. Estes equipamentos irão monitorar as atividades durante dois meses.

- O sismógrafo que já existe em Angra dos Reis fica a 10 quilômetros de distância do local do tremor. Dessa forma, não conseguimos avaliar com precisão o que aconteceu, se ele foi causado pelo homem ou se foi um evento natural. Por isso, instalamos estes aparelhos em áreas próximas ao local dos tremores - explica Bruno.

Até o momento, não foi identificado nada fora do normal, nenhuma rua ou casa com rachaduras ou qualquer sinal de trincas. Nenhuma residência ou rua foi interditada pela equipe.

- A função da Defesa Civil é cuidar da população. Por isso estamos monitorando o bairro com nossa equipe e pedimos auxilio à especialistas na área de sismologia para entender o que está acontecendo. Ratificamos que sempre que o morador observar algo de anormal pode e deve ligar para a Defesa Civil. Só assim poderemos saber a causa dos tremores - frisou o secretário Marco Oliveira.

Segundo o relatório da USP, tendo como base os dados do sismógrafo de Itaorna, os tremores tiveram magnitude entre 1.3 e 2.0, considerado aceitável pelos técnicos.