Angra dos Reis enfrenta escassez de água

Estiagem e aumento no consumo são os responsáveis pelo desconforto

08 de janeiro de 2014
O longo tempo de estiagem e o aumento no consumo, causado pelo grande número de pessoas na cidade desde o final do ano passado, está gerando transtornos e irregularidades no abastecimento de água em Angra dos Reis. Desde o início do Verão, o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) está trabalhando para amenizar os problemas de abastecimento em várias localidades, inclusive em contato direto com a administração da Cedae/RJ, responsável pelo abastecimento no Centro da cidade.

Os bairros Japuíba, Ribeira, Monsuaba, Praia do Machado e Centro encontram-se em regiões hidrográficas já consideradas críticas, ou seja, que não conseguem produzir a água suficiente para a população que ali reside. Estes bairros dependem da água vinda de outras localidades. Em parte do Centro, como as Sapinhatubas e o morro Santo Antonio, apesar da distribuição e abastecimento serem responsabilidade do SAAE, a prefeitura de Angra acaba dependendo da água fornecida pela Cedae/RJ. Na prática, se a Cedae não fornecer a água, o SAAE também não pode distribuir.

Alguns fatores ajudam a piorar a situação, os principais são, claro, o aumento da população e do consumo devido ao calor, além da falta de chuva que, consequentemente, deixa os reservatórios com níveis bem baixos. Para se ter uma ideia, o consumo de água fora do Verão fica em torno de 200 litros/dia por pessoa e nesta época do ano o número varia muito podendo chegar em média a até 400 litros/dia.

Segundo o presidente da autarquia municipal, Mario Márcio da Costa, o Saae mantém equipes de plantão 24 horas por dia para fazer as manobras no abastecimento e assegurar a distribuição da água da melhor maneira possível para amenizar o desconforto para toda população. Ele pede, porém, compreensão e, sobretudo, o uso racional da água oferecida.

- Precisamos da chuva para reequilibrar nossos reservatórios por isso, até lá, é recomendado o consumo com responsabilidade, além de que cada cidadão possa melhorar sua reservação nas casas, instalando caixas d#39;água - torce o presidente Mario Marcio.

Entre as ações que podem reduzir o consumo de água e podem ser adiadas ou controladas neste período de escassez estão os banhos com mangueiras, lavagem de carros e calçadas, além da checagem contínua em vazamentos de tubulações e torneiras, entre outros.