Reunião debateu doença em plantações de bananas

Sigatoka negra foi detectada em 2013 em Angra

07 de outubro de 2015
O secretário de Atividades Econômicas de Angra dos Reis, Marcelo Oliveira, participou de uma reunião com produtores de bananas e engenheiros agrônomos do governo do estado para debater a Sigatoka Negra, doença que ataca as plantações. Ela é considerada a mais grave em todo o mundo e entrou no Brasil em 1998, pelo estado do Amazonas, segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Os sintomas iniciais da Sigatoka aparecem com estrias de cor marrom café na face inferior da folha, que evoluem para a cor preta. Essas manchas progridem até que toda a folha seja necrosada. Com a fotossíntese reduzida, a planta tem sua capacidade produtiva comprometida, levando a redução do número de pencas, tamanho dos frutos e morte.

O encontro aconteceu na manhã de terça-feira, dia 6, no Espaço Eletronuclear, onde foram tratadas soluções, já que desde o ano de 2013 foi detectado um foco da Sigatoka, no Ariró.

- Todos aqui, produtores, prefeitura e governo do estado, tivemos a oportunidade de encaminhar as propostas juntos - afirmou Marcelo Oliveira.

O coordenador Setorial de Vigilância Fitossanitária do governo do estado, Renato Ferreira, foi um dos expositores. Ele propôs que fosse adotado um “sistema de mitigação de riscos”, para que a banana produzida em Angra não seja prejudicada no mercado. “Vamos encaminhar a liberação do comércio para outros estados”, informou. A outra medida apresentada e aprovada na reunião foi a introdução de mudas mais resistentes nas plantações de Angra dos Reis.

A mitigação de riscos, no entanto, não significa descuido com a cultura da banana no estado do Rio de Janeiro. A coordenadora de Defesa Sanitária Vegetal, Patrícia Diniz, explicou que a secretaria de Estado de Agricultura e Pecuária continua a realizar o trabalho em todos os municípios. “Nossas visitas técnicas e vistorias estão sendo feitas normalmente”, disse.