O Agosto Lilás, campanha nacional de conscientização e enfrentamento à violência contra a mulher, foi encerrado nesta sexta, 29 de agosto, com uma programação especial realizada no Centro de Educação Ambiental (CEA). O evento foi promovido pela Secretaria de Desenvolvimento Social e Promoção da Cidadania, por meio da Superintendência da Mulher, em parceria com o Conselho Municipal dos Direitos e Políticas para a Mulher.

A tarde contou com apresentações culturais, a participação de representantes da Sala do Empreendedor, do Programa Receita Cidadã e da Receita Federal, além de uma palestra conduzida pela delegada Paula Loureiro, titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM).

A secretária de Desenvolvimento Social, Thaísa Bedê, destacou que o Agosto Lilás é um marco de mobilização, mas que a atuação acontece diariamente.

— O Agosto Lilás é um marco, mas o nosso trabalho não se encerra aqui. Durante todo o ano, seguimos vigilantes e empenhadas em ampliar as políticas públicas de proteção, autonomia e empoderamento das mulheres angrenses. É uma luta que exige coragem, escuta e ação. Não basta falar sobre violência contra a mulher apenas em agosto, precisamos enfrentar esse problema todos os dias. Ressalto também a importância do apoio do nosso prefeito, Cláudio Ferreti, que tem dado todo o respaldo necessário para que possamos avançar em políticas públicas voltadas às mulheres – afirmou.

A superintendente da Mulher, Celina Figueiredo, ressaltou que, além do fortalecimento da rede de apoio, Angra vem trabalhando para valorizar a história de suas guerreiras.

— O tema de 2025, ‘Mulher, você não está sozinha’, sintetiza o nosso esforço coletivo. Agora, a Secretaria também está catalogando as mulheres históricas do município, que serão documentadas em um livro. Queremos que a atual e as futuras gerações saibam das guerreiras que abriram caminho, como a Dona Maria do Ariró, que há 40 anos mantém sua barraca de queijo e ovos caipiras na Praça do Mercado do Peixe - destacou.

A coordenadora técnica da Mulher e Conselho Municipal dos Direitos e Políticas para a Mulher, Marcela Regina, reforçou o impacto positivo da campanha e a importância da continuidade da luta.

— O Agosto Lilás em Angra foi marcado pela escuta, pela informação e pelo acolhimento. Mas, acima de tudo, pelo fortalecimento do compromisso de que nenhuma mulher deve enfrentar a violência em silêncio - concluiu.

Em Angra dos Reis, a rede de proteção à mulher é composta pela Superintendência da Mulher, CRAS, CREAS, DEAM, Proep-Mulher, Patrulha Maria da Penha do 33º BPM e pelas entidades parceiras, todas integradas para oferecer acolhimento, orientação psicológica, social e jurídica. O objetivo é garantir que toda mulher em situação de violência encontre caminhos de apoio e de reconstrução de sua vida.

Essa mobilização permanente é reforçada pelo canal nacional de denúncias, o 180, que funciona 24 horas por dia e de forma gratuita. A central é um dos principais instrumentos de apoio às mulheres vítimas de violência, com atendimento sigiloso e especializado.