Angra na Operação Lei Seca
Agentes municipais se preparam para utilizar bafômetro. Treinamento no Rio contou com palestra e blitz
29 de outubro de 2012

Operadores de Trânsito de Angra participaram de uma operação Lei Seca no Rio de Janeiro na quinta-feira, dia 25. A atividade fez parte de um treinamento que a equipe está recebendo para utilizar o etilômetro (popularmente conhecido como "bafômetro") no município. O aparelho foi comprado há dois meses pela Prefeitura de Angra, e a aquisição é mais uma medida do trabalho de ordenamento do trânsito e melhoria dos transportes que vem sendo realizado na gestão Tuca Jordão. Trabalho que incluiu a modernização da Superintendência de Transportes e Trânsito, novos equipamentos de fiscalização do transporte público, novos ônibus para a frota, programa Passageiro Cidadão, dentre outras ações. No Rio, os agentes também participaram de uma palestra sobre a Lei Seca, no Palácio Guanabara, sede do governo do estado. "Esse é o momento mais importante de nossa gestão", resumiu o Superintendente de Transportes e Trânsito, Robson Oliveira, durante as atividades.
O superintendente explica que o bafômetro será utilizado pelos operadores municipais de trânsito em parceria com a Polícia Militar. A principal utilização será nos casos de flagrantes de condutores embriagados, fora eventuais operações combinadas com a PM.
- Vamos colocar à disposição da Polícia Militar os nossos operadores de trânsito e o etilômetro. O aparelho será operado por nós. Vamos oferecer o serviço 24 horas - afirmou Robson, enquanto participava da Operação Lei Seca.
A intenção é que a equipe comece a usar o aparelho ainda neste ano. Neste primeiro momento, 22 agentes de Trânsito foram ao Rio, incluindo operadores, coordenadores e supervisores, além do superintendente. A Superintendência conta com mais de 60 operadores de trânsito e, de acordo com Robson, está viabilizando o treinamento de mais profissionais.
- Estamos vendo a possibilidade de levar mais um grupo ao Rio. Tão logo nossa equipe esteja capacitada, vamos colocar o etilômetro a serviço da população, para que possamos, com mais essa medida, ter um trânsito com menos vítimas e preservar vidas - disse o superintendente.
Os agentes chegaram ao Palácio Guanabara por volta das 19h e foram recebidos pelo major Marco Andrade, coordenador-geral da Operação Lei Seca; major Marcelo Rocha, coordenador operacional; além de representantes da Polícia Militar e da Secretaria de Governo do Estado. Lá, os operadores de trânsito do município receberam uma palestra sobre a lei 11.705, que dispõe sobre o uso de bebida alcoólica por parte dos condutores, e a Operação Lei Seca. A palestra, bastante abrangente, abordou tópicos da legislação, o modo como o agente deve abordar o condutor, como se opera o bafômetro e como o teste é aplicado.
Questões técnicas e operacionais foram esmiuçadas e analisadas, como a montagem da operação, que inclui o posicionamento dos agentes da equipe, dos cones, do stand onde a documentação dos condutores é verificada, a forma como os carros ficam estacionados etc. Pequenos detalhes não ficaram de fora. Até o uso da biqueira, que é acoplada ao bafômetro, foi detalhada.
- Algumas pessoas, por desconhecimento, dizem não querer usar o bafômetro para não ter que assoprar onde todo mundo assopra. É importante que o agente mostre como funciona a biqueira e que ela é descartável, esterilizada e vem lacrada. Para nós, o procedimento é muito automático, mas o agente não pode esquecer de abrir a embalagem na frente do condutor, para que ele veja que o material estava lacrado - explicou o major Andrade.
O coordenador-geral apresentou dados sobre a Operação Lei Seca, desde que ela teve início, em 2009. No primeiro ano em que entrou em vigor, houve uma redução de 32% no número de vítimas fatais no estado (Datasus); em 2010, foram 21% a menos de vítimas de acidente de trânsito na região metropolitana (ISP/RJ) e 13% a menos de atendimentos a politraumatizados nas emergências dos quatro principais hospitais da capital. A operação já flagrou mais de 60 mil motoristas sob a influência do álcool, multou mais de 135 mil veículos, fez mais de 740 mil abordagens em veículos e 4.500 blitzes.
Andrade explica que a Operação Lei Seca tem dois pilares, o da fiscalização e o da educação. "O trabalho não é só punitivo, mas também educativo e de conscientização", afirmou. Isso pode ser demonstrado nas ações e na estruturação do corpo técnico da operação. Os agentes da Operação Lei Seca são divididos em equipes. Na frente de fiscalização são nove equipes com 18 agentes cada; na de educação, são cinco equipes, cada uma com nove agentes. O trabalho de conscientização é feito através de palestras e abordagens em grandes eventos, escolas, bares, instituições e demais locais de grande concentração de pessoas. Mais de dois milhões de pessoas já receberam informações de prevenção.
A Operação Lei Seca é feita constantemente na região metropolitana e eventualmente no interior do estado. Andrade explica que o trabalho precisa ser contínuo para inibir o consumo de álcool por parte dos motoristas.
- Hoje o cidadão fluminense só tem uma certeza: todo dia é dia de Lei Seca. E, realmente, todo dia fazemos operação em algum lugar - afirmou. - Temos um orgulho muito grande em dizer que hoje o Rio de Janeiro é uma referência para o país em fiscalização e educação no trânsito. Representantes de 15 outros estados já vieram aqui para conhecer como a Operação Lei Seca funciona - lembrou o coordenador-geral.
Depois da palestra, foi a vez de os operadores municipais conhecerem como as operações são realizadas na prática. A blitz foi montada na Avenida Brasil, na altura de Bonsucesso. Entre as passarelas oito e nove, próximo à entrada da comunidade Nova Holanda, foram montados quatro stands da operação, um em cada pista da avenida. As operações envolvem representantes da Secretaria de Governo do Estado, Detran, Polícia Militar, guardas municipais e a CET-Rio, no caso da capital. Cerca de 90 profissionais participaram da blitz.
Os operadores de trânsito do município foram divididos em quatro grupos, um para cada uma das pistas, e puderam verificar como é realizada a abordagem de motoristas, o teste do bafômetro, entre outras atividades.
- Viemos aqui para colher o máximo de informações que possam enriquecer o nosso trabalho. É muito bom estar aqui participando, e a estrutura é fantástica - disse o supervisor Maino de Matos, da Superintendência de Trânsito de Angra. - É um trabalho muito bem feito, muito importante. Saímos daqui com o desejo de agir para evitarmos os acidentes e conscientizarmos as pessoas. A Operação Lei Seca é uma grande referência para nós - concluiu.
Na operação da Avenida Brasil, mais de 500 veículos foram abordados. Oitenta e cinco foram multados, 26 rebocados, 27 carteiras de habilitação foram recolhidas. Dos 450 testes com bafômetro, os agentes identificaram 30 casos de alcoolimia, sendo dois deles acima de 0,30 mg, o que caracteriza crime de trânsito. O restante, entre 0,10 e 0,30 mg, é considerado infração.
O superintendente explica que o bafômetro será utilizado pelos operadores municipais de trânsito em parceria com a Polícia Militar. A principal utilização será nos casos de flagrantes de condutores embriagados, fora eventuais operações combinadas com a PM.
- Vamos colocar à disposição da Polícia Militar os nossos operadores de trânsito e o etilômetro. O aparelho será operado por nós. Vamos oferecer o serviço 24 horas - afirmou Robson, enquanto participava da Operação Lei Seca.
A intenção é que a equipe comece a usar o aparelho ainda neste ano. Neste primeiro momento, 22 agentes de Trânsito foram ao Rio, incluindo operadores, coordenadores e supervisores, além do superintendente. A Superintendência conta com mais de 60 operadores de trânsito e, de acordo com Robson, está viabilizando o treinamento de mais profissionais.
- Estamos vendo a possibilidade de levar mais um grupo ao Rio. Tão logo nossa equipe esteja capacitada, vamos colocar o etilômetro a serviço da população, para que possamos, com mais essa medida, ter um trânsito com menos vítimas e preservar vidas - disse o superintendente.
Os agentes chegaram ao Palácio Guanabara por volta das 19h e foram recebidos pelo major Marco Andrade, coordenador-geral da Operação Lei Seca; major Marcelo Rocha, coordenador operacional; além de representantes da Polícia Militar e da Secretaria de Governo do Estado. Lá, os operadores de trânsito do município receberam uma palestra sobre a lei 11.705, que dispõe sobre o uso de bebida alcoólica por parte dos condutores, e a Operação Lei Seca. A palestra, bastante abrangente, abordou tópicos da legislação, o modo como o agente deve abordar o condutor, como se opera o bafômetro e como o teste é aplicado.
Questões técnicas e operacionais foram esmiuçadas e analisadas, como a montagem da operação, que inclui o posicionamento dos agentes da equipe, dos cones, do stand onde a documentação dos condutores é verificada, a forma como os carros ficam estacionados etc. Pequenos detalhes não ficaram de fora. Até o uso da biqueira, que é acoplada ao bafômetro, foi detalhada.
- Algumas pessoas, por desconhecimento, dizem não querer usar o bafômetro para não ter que assoprar onde todo mundo assopra. É importante que o agente mostre como funciona a biqueira e que ela é descartável, esterilizada e vem lacrada. Para nós, o procedimento é muito automático, mas o agente não pode esquecer de abrir a embalagem na frente do condutor, para que ele veja que o material estava lacrado - explicou o major Andrade.
O coordenador-geral apresentou dados sobre a Operação Lei Seca, desde que ela teve início, em 2009. No primeiro ano em que entrou em vigor, houve uma redução de 32% no número de vítimas fatais no estado (Datasus); em 2010, foram 21% a menos de vítimas de acidente de trânsito na região metropolitana (ISP/RJ) e 13% a menos de atendimentos a politraumatizados nas emergências dos quatro principais hospitais da capital. A operação já flagrou mais de 60 mil motoristas sob a influência do álcool, multou mais de 135 mil veículos, fez mais de 740 mil abordagens em veículos e 4.500 blitzes.
Andrade explica que a Operação Lei Seca tem dois pilares, o da fiscalização e o da educação. "O trabalho não é só punitivo, mas também educativo e de conscientização", afirmou. Isso pode ser demonstrado nas ações e na estruturação do corpo técnico da operação. Os agentes da Operação Lei Seca são divididos em equipes. Na frente de fiscalização são nove equipes com 18 agentes cada; na de educação, são cinco equipes, cada uma com nove agentes. O trabalho de conscientização é feito através de palestras e abordagens em grandes eventos, escolas, bares, instituições e demais locais de grande concentração de pessoas. Mais de dois milhões de pessoas já receberam informações de prevenção.
A Operação Lei Seca é feita constantemente na região metropolitana e eventualmente no interior do estado. Andrade explica que o trabalho precisa ser contínuo para inibir o consumo de álcool por parte dos motoristas.
- Hoje o cidadão fluminense só tem uma certeza: todo dia é dia de Lei Seca. E, realmente, todo dia fazemos operação em algum lugar - afirmou. - Temos um orgulho muito grande em dizer que hoje o Rio de Janeiro é uma referência para o país em fiscalização e educação no trânsito. Representantes de 15 outros estados já vieram aqui para conhecer como a Operação Lei Seca funciona - lembrou o coordenador-geral.
Depois da palestra, foi a vez de os operadores municipais conhecerem como as operações são realizadas na prática. A blitz foi montada na Avenida Brasil, na altura de Bonsucesso. Entre as passarelas oito e nove, próximo à entrada da comunidade Nova Holanda, foram montados quatro stands da operação, um em cada pista da avenida. As operações envolvem representantes da Secretaria de Governo do Estado, Detran, Polícia Militar, guardas municipais e a CET-Rio, no caso da capital. Cerca de 90 profissionais participaram da blitz.
Os operadores de trânsito do município foram divididos em quatro grupos, um para cada uma das pistas, e puderam verificar como é realizada a abordagem de motoristas, o teste do bafômetro, entre outras atividades.
- Viemos aqui para colher o máximo de informações que possam enriquecer o nosso trabalho. É muito bom estar aqui participando, e a estrutura é fantástica - disse o supervisor Maino de Matos, da Superintendência de Trânsito de Angra. - É um trabalho muito bem feito, muito importante. Saímos daqui com o desejo de agir para evitarmos os acidentes e conscientizarmos as pessoas. A Operação Lei Seca é uma grande referência para nós - concluiu.
Na operação da Avenida Brasil, mais de 500 veículos foram abordados. Oitenta e cinco foram multados, 26 rebocados, 27 carteiras de habilitação foram recolhidas. Dos 450 testes com bafômetro, os agentes identificaram 30 casos de alcoolimia, sendo dois deles acima de 0,30 mg, o que caracteriza crime de trânsito. O restante, entre 0,10 e 0,30 mg, é considerado infração.