Fórum debateu a população de rua
Profissionais da Secretaria de Ação Social e de ONGs discutiram o tema
29 de agosto de 2012

O Conselho Municipal de Entorpecentes de Angra dos Reis (Comen) debateu, em mais uma edição de seu fóruns mensais, o tema "As políticas públicas voltadas para a atenção à população em situação de rua - A experiência de Angra dos Reis". O encontro foi feito no auditório do Centro de Estudos Ambientais e contou com a participação de especialistas da Secretaria de Ação Social e de profissionais de organizações não governamentais que atuam no setor, além daqueles que trabalham na área de saúde pública. "Os debates, abertos depois das apresentações dos trabalhos, serviram para enriquecer mais as propostas de políticas públicas em Angra", afirmou a coordenadora de Tratamento do Comen, Maria de Betânia Chaves.
A primeira palestrante foi a coordenadora do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), Mércia Bandoli. O tema da apresentação foi o Serviço Especial em Abordagem Social, que tem como objetivos "construir o processo de saída das ruas e possibilitar condições de acesso à rede de serviços e a benefícios assistenciais", entre outros. Mércia também discorreu sobre o trabalho social essencial ao serviço e a segurança de convívio ou vivência familiar, comunitária e social.
Dando prosseguimento ao fórum, a coordenadora do Centro de Atenção à População de Rua (CAPR), Valdinéia Andrade, falou sobre a instituição (origem e principais atribuições). O CAPR é municipal e é ligado à Secretaria de Ação Social. Ela destacou que "não são todas as pessoas em situação de rua que desejam o serviço do abrigo", porque o principal problema delas, segundo Valdinéia, "é a dependência, no caso daquelas que usam drogas". Outro aspecto ressaltado pela coordenadora é a necessidade de maior atenção para os usuários de drogas quando se fala em abrigá-lo. "O fato de ser dependente não coloca automaticamente a pessoa na classificação de estar em situação de rua para o abrigamento", disse.
O trabalho assistencial às pessoas em situação de rua não ocorre apenas na esfera pública. Organizações não governamentais como a Casa de Recuperação Peniel, situada na Caputera, trabalham nesse segmento. A pastora Alba Valéria, dessa instituição, apresentou a metodologia de trabalho no fórum. "Não impomos nada. A pessoa tem a liberdade de demonstrar que quer ser ajudada, e então o processo é voluntário", disse. A missionária Vanessa Portugal, da Casa Peniel, destacou que existe muito descaso da sociedade em relação à população de rua e das barreiras que encontra para buscar auxílio. "Nosso trabalho é difícil, recebemos muitas respostas negativas", afirmou.
Na fase dos debates, Maria de Betânia Chaves disse que seria mais proveitoso para todos se houvesse uma maior integração entre o setor público e as instituições privadas, no cuidado com as pessoas em situação de rua. "Por setor público eu entendo as áreas da saúde, educação e ação social", disse ela. Uma das propostas apresentadas pelo público e que se tornou consensual foi a necessidade de realização de uma pesquisa para traçar o perfil das pessoas em situação de rua. De acordo com os participantes do fórum, com a obtenção desses dados, o planejamento das ações e políticas públicas seria facilitado.
A primeira palestrante foi a coordenadora do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), Mércia Bandoli. O tema da apresentação foi o Serviço Especial em Abordagem Social, que tem como objetivos "construir o processo de saída das ruas e possibilitar condições de acesso à rede de serviços e a benefícios assistenciais", entre outros. Mércia também discorreu sobre o trabalho social essencial ao serviço e a segurança de convívio ou vivência familiar, comunitária e social.
Dando prosseguimento ao fórum, a coordenadora do Centro de Atenção à População de Rua (CAPR), Valdinéia Andrade, falou sobre a instituição (origem e principais atribuições). O CAPR é municipal e é ligado à Secretaria de Ação Social. Ela destacou que "não são todas as pessoas em situação de rua que desejam o serviço do abrigo", porque o principal problema delas, segundo Valdinéia, "é a dependência, no caso daquelas que usam drogas". Outro aspecto ressaltado pela coordenadora é a necessidade de maior atenção para os usuários de drogas quando se fala em abrigá-lo. "O fato de ser dependente não coloca automaticamente a pessoa na classificação de estar em situação de rua para o abrigamento", disse.
O trabalho assistencial às pessoas em situação de rua não ocorre apenas na esfera pública. Organizações não governamentais como a Casa de Recuperação Peniel, situada na Caputera, trabalham nesse segmento. A pastora Alba Valéria, dessa instituição, apresentou a metodologia de trabalho no fórum. "Não impomos nada. A pessoa tem a liberdade de demonstrar que quer ser ajudada, e então o processo é voluntário", disse. A missionária Vanessa Portugal, da Casa Peniel, destacou que existe muito descaso da sociedade em relação à população de rua e das barreiras que encontra para buscar auxílio. "Nosso trabalho é difícil, recebemos muitas respostas negativas", afirmou.
Na fase dos debates, Maria de Betânia Chaves disse que seria mais proveitoso para todos se houvesse uma maior integração entre o setor público e as instituições privadas, no cuidado com as pessoas em situação de rua. "Por setor público eu entendo as áreas da saúde, educação e ação social", disse ela. Uma das propostas apresentadas pelo público e que se tornou consensual foi a necessidade de realização de uma pesquisa para traçar o perfil das pessoas em situação de rua. De acordo com os participantes do fórum, com a obtenção desses dados, o planejamento das ações e políticas públicas seria facilitado.