Comen apresenta a terapia comunitária integrativa

A unidade também realiza psicoterapia de grupo com a família do usuário

27 de setembro de 2012

O Conselho Municipal de Entorpecentes de Angra dos Reis (Comen) realizou na terça-feira, dia 25, mais uma edição mensal do Fórum Interinstitucional e Intersetorial de Políticas Públicas sobre Álcool e outras Drogas, no auditório do Centro de Estudos Ambientais. Segundo a coordenadora de Tratamento do conselho, Maria de Betânia Chaves, o objetivo foi conhecer a experiência do Centro de Atenção Psicossocial (Caps AD) da cidade de Cascavel (PR) e apresentar aos participantes mais detalhes da terapia comunitária integrativa, utilizada em Angra. “A terapia comunitária é estudada e feita em Angra pela equipe da médica e terapeuta Lilian Machado, da Fusar”, disse a coordenadora.


O Caps paranaense aplica a metodologia do trabalho em grupo. São os grupos motivacional, de sentimentos, de apoio à família do usuário de álcool e outras drogas e o operativo, entre outros. O motivacional consiste em trabalhar a motivação para o tratamento e estratégias de prevenção à recaída. O profissional que atua nesse caso é o assistente social. O grupo de sentimentos trabalha com aspectos referentes às temáticas relacionadas aos conflitos emocionais (autoestima, família, valores e perdas). O trabalho é realizado por um psicólogo.


A unidade também realiza psicoterapia de grupo com a família do usuário e o “dia de convivência”: uma experiência que proporciona espaço recreativo e educativo junto aos familiares e comunidade. “Às vezes o profissional tem certo receio do trabalho em grupo, e por isso é importante fazermos o debate”, disse Lilian Machado.


Depois da apresentação sobre o Caps AD do Paraná foi realizada a vivência prática com o público, utilizando a Terapia Comunitária Integrativa. Inicialmente alguns participantes expressaram situações vividas e que sentimentos elas provocaram. Lilian Machado atuou como uma mediadora. Em seguida foi feita uma “votação”: cada um disse com qual situação identificou-se mais. O tema/situação mais votado foi, então, apresentando com mais detalhes e houve espaço para que fossem feitas perguntas sobre a experiência vivida que era expressada.


Por fim, os participantes que tiveram experiência parecida com o tema mais votado puderam expressar-se também. Ao final da dinâmica, todos formaram uma roda. A experiência da roda é compartilhar os todos os sentimentos expressados na dinâmica, reforçando o conceito de vivência em comunidade. Com a participação de cada um, foi demonstrado que a união e a atenção para com a experiência do outro é um dos meios mais eficazes para o enfrentamento da questão do uso abusivo de álcool e outras drogas.