Saúde Mental como foco de uma sociedade sã

O Fórum reuniu profissionais de Paraty, Angra e Mangaratiba

17 de agosto de 2012

A política regional sobre Saúde Mental foi discutida ontem, 15, em um fórum sobre o tema, no Centro de Estudos Ambientais (CEA), com a participação da Prefeitura, através da Fundação de Saúde (Fusar). O presidente da Fusar, Jeferson Portilho, abriu o evento, de que participaram os representantes dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPs) estadual e municipal, Defesa Civil, representantes do CAPs de Paraty e Mangaratiba e profissionais da área. O objetivo do encontro foi debater temas e estratégias de gestão para a política regional de saúde mental entre os profissionais psiquiatras, psicólogos, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais, enfermeiros e profissionais de apoio ligados aos Caps.

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A parte da manhã foi dedicada à discussão sobre a judicialização de internações compulsórias. Essas internações acontecem por uma decisão judicial, muitas das vezes sem o consentimento do próprio réu. As juízas Juliana Bessa, da Vara Criminal, e Renata Soares, da Vara da Infância, adolescência e idoso, esclareceram o funcionamento das leis nesses casos e puderam estreitar ainda mais os laços entre o judicial e a visão social, buscando atuar de forma multidisciplinar (Direito e Serviço Social trabalhando juntos).

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À tarde o debate foi reservado para estudos de casos entre pacientes de Paraty, Angra e Mangaratiba, para viabilizar um melhor fluxo em todas as redes CAPs dessas regiões. Os profissionais participaram ativamente, fazendo perguntas e expondo casos de cada município, suas dificuldades e inovações no tratamento de pessoas com transtornos mentais ou dependentes químicos que desenvolveram os sintomas após o uso de drogas (ilícitas e lícitas).
 
O coordenador do CAPs ad (álcool e drogas) de Angra, Rui Maia, destacou a importância de haver uma integração com toda a sociedade. “Um usuário não faz o tratamento em sistema prisional, por isso é preciso uma articulação com a rede de serviços do município para  o encaminhamento referenciado do usuário e de sua família.”

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A diretora do CAPs Angra, Luciane Lemos, explicou que no município, a relação entre o judiciário e a assistência social facilita a boa execução nos tratamentos e, por isso, Angra dos Reis foi escolhida para sediar o Fórum Regional de Saúde Mental. Ela avaliou o encontro como muito positivo para a região. “Promover a troca de experiências entre os profissionais e representantes judiciais nos permite pensar em uma rede de atenção melhor estruturada para os pacientes. Essas parcerias, com filosofias completamente diferentes de trabalho, agregam valores e agilizam a assistência”, finalizou.