Aproveitando a entrevista coletiva realizada pelo prefeito Tuca Jordão na manhã de segunda-feira, 10 de setembro, no Salão Nobre da Prefeitura de Angra, o presidente do Saae falou aos presentes sobre a questão do abastecimento de água no município.
Segundo Carlos Marcatti, Angra dos Reis está atravessando um momento crítico em relação ao tema, mas a solução para o problema poderá ser encontrada por meio de um projeto que a autarquia vem elaborando.
“O Saae quer integrar, através de um projeto já em desenvolvimento, os cerca de 50 microssistemas hoje existentes a duas unidades de produção, as bacias do rio Mambucaba e do rio Bracuí, únicas com capacidade de exportação de água para as demais regiões. Com isso, solucionaríamos a questão do abastecimento de água em Angra, em toda sua parte continental”, explicou Carlos Marcatti.
No rio Mambucaba será feita uma tomada d’água com capacidade de produção de 250 litros por segundo, que abastecerá do Parque Mambucaba até Itaorna; já no Rio Bracuí, a tomada será de 900 litros por segundo, na intenção de fornecer água no trecho que vai do Frade até Garatucaia, passando pelo Centro.
Com isso, a produção de água vai alcançar um crescimento de até 195% em relação à população atual, com um atendimento previsto para mais de 40 anos, podendo ser estendido, já que o projeto prevê uma captação aquém daquela que é permitida pela legislação – 50% da vazão mínima do rio por um período de 10 anos, durante 7 dias recorrentes.
“A elaboração do projeto custa ao município cerca de R$ 3 milhões, e a conclusão do mesmo está prevista para janeiro de 2013. Ele deverá exigir um valor de R$ 300 milhões para ser executado, tomando por base o custo da elaboração”, conta o presidente do Saae.
O governo municipal já vem fazendo investimentos no tratamento de esgoto, com convênios que ultrapassam a quantia de R$ 90 milhões. Por causa dessas iniciativas, Angra dos Reis demonstra ter todas as condições – e elementos – para buscar recursos a fim de executar o projeto, conforme o mesmo seja concluído.
Atualmente, o Saae tenta, junto com a Cedae, manter o abastecimento do Centro da cidade, já que a falta de chuva acaba influenciando diretamente a situação. A autarquia também está usando caminhões-pipa de forma emergencial, para evitar que os cidadãos fiquem sem água.