Números ligados a dengue diminuem

Tanto as notificações quanto os casos confirmados da doença caíram em comparação ao começo de 2011

09 de março de 2012

Em comparação com os dois primeiros meses do ano passado, 2012 apresenta números positivos relacionados ao combate à dengue, em notificações e casos confirmados da doença. Houve uma queda de 66 % nos casos em todo o país, segundo o Ministério da Saúde. Angra dos Reis teve uma redução de 82% dos casos.
 


Os fatores que motivaram a diminuição de notificações e casos da dengue na cidade foram o índice pluviométrico (chuva) baixo, maior adesão de outras secretarias, intensificação do fumacê, com duas motofogs para atingir áreas estreitas, metodologias voltadas  para o combate simultâneo de todas as áreas de atuação e fases do vetor. Foi criado o Comitê de Acompanhamento da Dengue, formado por representantes da Fusar, secretaria de Meio Ambiente, Transito, Defesa Civil, Serviço Publico, Regionais e subprefeituras e Procuradoria, fortalecendo ainda mais  a cooresponsabilidade de todos no controle do vetor.


Segundo a coordenadora de fatores biológicos da Fusar, Michele Máximo, em janeiro de 2011 foram 123 notificações, contra 91 neste ano, no mesmo mês. Em fevereiro do ano passado foram 499, sendo que no mesmo mês, em 2012, a redução foi ainda mais surpreendente, chegando a apenas 82 notificações. Os casos confirmados da doença em janeiro de 2011 chegaram a 37, e em fevereiro do mesmo ano, 199. Em janeiro de 2012 foram contabilizados oficialmente apenas 2 casos no município, e em fevereiro os números se repetiram.


A Fusar tem feito um trabalho incisivo, são 140 profissionais que atuam diretamente no combate e controle da dengue e outras endemias. As ações desenvolvidas pela equipe são, principalmente, a visita domiciliar, onde cada imóvel do município é visitado, inspecionado e tratado no mínimo uma vez a cada ciclo epidemiológico (dois meses). A vedação de caixas d´água, em parceria com a Defesa Civil, recolhimento de pneus inservíveis, em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente e instalações de 800 armadilhas em áreas com o índice alto e monitorada, com a intenção de retirar ovos do ambiente e monitorar a presença do vetor (média mensal de seis mil ovos do mosquito), também são ações importantes desenvolvidas pela Fundação. Para informar as crianças, são feitas apresentação de teatro de fantoches e palestras nas comunidades e escolas do município.
 


- Hoje a nossa preocupação está voltada especialmente para o descarte incorreto de lixo nas ruas e em terrenos baldios. A população tem que se conscientizar que qualquer recipiente ou poça de água é local para o desenvolvimento do vetor. Jogar lixo fora dos horários da coleta também é um ato que pode gerar criadouro do mosquito. Temos que evitar produzir esses abrigos para a dengue e outros vetores - disse Michele Máximo.