Novos equipamentos e reformas na Santa Casa

Intervenção da instituição já entra na fase de reestruturação

05 de abril de 2012
Dando continuidade às ações relativas à intervenção da Santa Casa de Misericórdia de Angra dos Reis, iniciada em janeiro deste ano - e liderada pelo interventor Guilherme Fidalgo -, a instituição continua passando por obras, reformas e mudanças, em todos os sentidos, na intenção de adequar a entidade às exigências da Secretaria de Saúde do Estado.
"Enxergamos a necessidade de se fazer rapidamente uma reestruturação em três setores daqui: maternidade, neonatal e CTI adulto. Com isso, vamos credenciar essas unidades e receber um volume melhor de recursos - R$ 770,00 por leito e R$ 700,00 no CTI, por dia; no neonatal, de imediato, R$ 1.500,00. Para isso, as obras têm que ser concluídas, e também tem que haver reestruturação funcional. Demos início à obra, começando pela maternidade, onde duas enfermarias já foram concluídas. O projeto arquitetônico da neonatal também já está pronto, e estamos começando a organizar o cronograma da obra", explica o interventor.
Além das readequações, também está sendo revista a questão estética da instituição. A expectativa de Guilherme Fidalgo quanto à conclusão das obras é de três meses. Após a finalização, será dada entrada relacionada à solicitação de credenciamento para o aumento de recursos. "Sem o credenciamento, recebemos um valor irrisório, de R$ 170,00, sendo que podemos conseguir R$ 2.800 por dia, por leito, na UTI neonatal. Temos que fazer esse trabalho para melhorar o recurso que vem do SUS, na intenção de cada vez mais precisar menos dos recursos da prefeitura. Nesse momento, ainda somos muito dependentes da verba do governo municipal para, inclusive, financiar essas obras de reestruturação. A ideia é que, com o tempo, consigamos reverter a situação: o recurso principal passará a ser o do SUS, e a verba da prefeitura será complementar. Esse é o nosso projeto", informa o interventor, antes de lembrar que hoje a prefeitura tem um acesso muito bom ao governo do estado por conta do secretário de Saúde Jeferson Portilho.
O perfil do hospital após as ações da intervenção será o de maternidade materno-infantil de alto risco, a única da região, com, inclusive, CTI para as mães em situações graves.
Equipamentos novos estão chegando a todo momento. Na quarta-feira, 4 de abril, chegaram três leitos de CTI novos, completos, no valor de R$ 250 mil. Além disso, a Santa Casa recebeu berços elétricos para a pediatria, materiais para a maternidade, como cubas, e poltronas para que os acompanhantes possam ficar mais confortáveis.
Para Guilherme Fidalgo, em dois meses e meio de intervenção, os resultados são animadores. "No meu entender, a operação está sendo muito positiva. Pegamos um hospital que não estava funcionando e agora ele está em pleno funcionamento. Estamos produzindo muito mais do que ´apagando incêndios´. O hospital está lotado porque temos condição hoje de prestar assistência. O almoxarifado e a farmácia estão abarrotados, e também estamos fazendo cirurgias que nunca havíamos feito, como a de prótese total de quadril. Já estamos em outra fase, a de reestruturação do hospital. Também vamos fazer uma reforma no setor de raios X, pois já temos dois aparelhos novos para chegar, através de doação. Aquilo que todos esperavam em relação à intervenção já está acontecendo: o hospital está funcionando".