Corpus Christi e programação cultural movimentam Angra

Tapetes confeccionados pelos católicos encheram de beleza as ruas do Centro

30 de maio de 2016
Os católicos da Paróquia Nossa Senhora da Conceição, no Centro, enfeitaram as ruas e realizaram procissão e missa solene para celebrar Corpus Christi nesse último feriadão. Além da programação católica, shows, capoeira, teatro e quadrilha junina marcaram os últimos dias na cidade.

A festa de Corpus Christi, celebrada pela Igreja Católica em todo mundo na última quinta-feira do mês de maio, foi bem representada em Angra dos Reis, que teve suas ruas enfeitadas pelos tradicionais tapetes confeccionados pelos fiéis. As missas começaram às 7h30, na Igreja Matriz, e, durante todo o dia, dezenas de pessoas foram para as ruas do Centro preparar os tapetes para a passagem do Santíssimo Sacramento em procissão.

Às 16h, os fiéis das 14 comunidades da paróquia se concentraram em frente à Igreja do Carmo, de onde partiram em procissão pelo Centro. Ao entrarem na Rua do Comércio, os fiéis se encantaram com os tapetes preparados para enfeitar a passagem do sacerdote com o ostensório que carregava a hóstia consagrada, momento de muita emoção e demonstração de fé.

As noites de quinta e sexta-feira, 26 e 27 de maio, foram de muita música. Com as duas sessões lotadas, o Centro Cultural Theóphilo Massad recebeu o show em homenagem ao músico Zé Alexandre Castilho. As décadas de saudade do artista angrense, que morreu jovem – aos 23 anos –, motivaram amigos e parentes a fazer o show repleto de amigos.

– Esse show reflete exatamente o que o Zé significou para as nossas vidas e para a nossa história. Somos todos sementes e frutos dessa história – declarou Marcelo Ramos, que assinou a curadoria de uma exposição que retrata parte do que foi Zé Alexandre.

Já no sábado, quem esteve no Convento São Bernardino de Sena pôde conhecer um pouco mais sobre a capoeira Angola, modalidade apresentada pelo mestre Marrom, que veio do Rio para a atividade na cidade.

À noite, de volta ao palco do Dr. Câmara Torres, do Centro Cultural Theóphilo Massad, um clássico de Oscar Wilde. O texto narra o período em que o ícone irlandês, encarcerado, escreveu a obra ‘De profundis‘. Mostra seu primeiro encontro com Lord Alfred Douglas, o ‘Bosie‘, e os desdobramentos da relação tumultuada, que acaba em um tribunal e com a condenação do dramaturgo. Oscar Wilde passa então a alimentar esse amor como estratégia de sobrevivência à prisão.

Encerrando o feriado, o domingo foi contagiado pelo esquenta junino, com o Torneio de Ensaio de Quadrilhas Juninas. O evento, que aconteceu na Praça do Porto, começou às 14h. Ao todo 10 quadrilhas se apresentaram. A vencedora foi a quadrilha Zé Pirraça, do Frade. Segundo o regulamento do torneio, a quadrilha vencedora, além de ganhar uma quantia de R$ 500 (quinhentos reais), recebe ainda a tarefa de organizar o torneio do ano que vem.