Coordenador da Juventude se reúne com alunos do Ceav

Estudantes, contrários à ocupação da instituição, querem ajuda para mediar debate com grupo que quer ocupar o maior colégio estadual da Costa Verde

20 de maio de 2016
O Coordenador da Juventude de Angra dos Reis, Andrei Lara, reuniu-se nesta quinta-feira, 19, com uma comitiva de nove alunos do Colégio Estadual Dr. Artur Vargas (Ceav) que lutam por melhorias no ensino da instituição, mas são contra a ocupação da unidade de ensino.

Segundo informação dos secundaristas, os alunos da instituição estão divididos: parte quer ocupar o colégio e parte não. Mas os dois grupos concordam que o Ceav precisa de melhorias, tanto na parte educacional, com o fim da falta dos professores, quanto nas instalações, que precisam de reformas. A discordância se dá principalmente porque parte dos alunos teme que, com a ocupação, o ano letivo seja ainda mais prejudicado, enquanto a outra ala acredita que somente com esse tipo de protesto o estado promoverá as melhorias que eles buscam.

Os alunos também relataram que o Ceav não tem problema de falta de merenda e que a relação com a direção é muito boa. Segundo eles, que já fizeram um abaixo-assinado com quase mil assinaturas de alunos e pais contra a ocupação, o maior problema da escola é o vandalismo, promovido por alguns alunos.

O coordenador da Juventude, que vem acompanhando de perto a situação de duas escolas estaduais do município que já foram ocupadas – o Ciep 302 e o Celamm –, propôs que os alunos se organizem e, através do diálogo, busquem o fim do impasse.

– Cada escola tem sua própria realidade, os problemas do Ceav são diferentes dos do Ciep 302 ou do Celamm, por exemplo. Os alunos já concordam com a necessidade de melhorias no colégio, a discordância é na forma com que eles pretendem protestar por esse objetivo. Dentro da minha possibilidade, espero ajudar a mediar esse impasse, assim como auxiliar na busca por essas melhorias – explicou Andrei.

O coordenador da Juventude vai buscar contato com o grupo que quer a ocupação e com a direção da escola e ajudar a buscar um consenso entre os alunos. Entre as propostas que surgiram na reunião, está a realização de reuniões de conciliação e uma assembleia geral dos alunos.