Folias angrenses no registro das folias de reis do RJ
Iniciativa da Uerj serve para assegurar a salvaguarda das folias como patrimônio imaterial
08 de junho de 2016
Após cinco anos de pesquisa, a Universidade Estadual do Rio de janeiro (Uerj) vai entregar ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) o Inventário Nacional de Referências Culturais das Folias de Reis do Estado do Rio de Janeiro, nesta sexta-feira, dia 10 de junho, às 15h, na sede do Iphan, no Rio de Janeiro, solicitando o registro desta manifestação como patrimônio imaterial brasileiro. O mapeamento realizado em 15 municípios fluminenses é fruto do termo de cooperação técnica firmado entre a universidade e o Iphan. Nesta iniciativa, que contou com o apoio da Fundação Cultural de Angra (Cultuar), duas folias muito conhecidas e presentes na cultura angrense estão incluídas: a Folia de Reis Luz Divina, do mestre Marcão, de Angra; e a Folia João Alves Filho, que é de Lídice, mas participa de todas as festividades angrenses.
A tradição das folias de reis chegou ao Brasil na época da colonização portuguesa. Embora de origem católica, é grande o sincretismo com outros sistemas religiosos, em especial com aqueles de matrizes africanas. No período de 25 de dezembro a 20 de janeiro, os devotos se uniformizam e assumem personagens com funções e significados distintos, como mestre, contramestre, músicos, palhaços e soldados, encenando a história da peregrinação dos três reis magos ao local de nascimento de Jesus, com músicas e cantos.
– O resultado desse trabalho vem identificar o valor cultural do festejo, assim como apontar possibilidades de promoção e manutenção de tão importante expressão – afirma a professora Cáscia Frade, supervisora da pesquisa, que foi conduzida por estudantes de graduação.
Para o diretor do Departamento Cultural da Uerj, Ricardo Lima, é de fundamental importância o estudo dessa tradição.
– É a cultura que vem passando de pai para filho, reforçando laços de solidariedade e reafirmando as relações de pertencimento. Ela será ainda mais valorizada em um plano de salvaguarda das folias de reis do estado – declarou.
A cerimônia de entrega do documento com o pedido de registro está marcada para as 15h, no auditório do Iphan/RJ, na avenida Rio Branco, 46, Centro, com a presença de diversos mestres e integrantes das folias de reis.
A tradição das folias de reis chegou ao Brasil na época da colonização portuguesa. Embora de origem católica, é grande o sincretismo com outros sistemas religiosos, em especial com aqueles de matrizes africanas. No período de 25 de dezembro a 20 de janeiro, os devotos se uniformizam e assumem personagens com funções e significados distintos, como mestre, contramestre, músicos, palhaços e soldados, encenando a história da peregrinação dos três reis magos ao local de nascimento de Jesus, com músicas e cantos.
– O resultado desse trabalho vem identificar o valor cultural do festejo, assim como apontar possibilidades de promoção e manutenção de tão importante expressão – afirma a professora Cáscia Frade, supervisora da pesquisa, que foi conduzida por estudantes de graduação.
Para o diretor do Departamento Cultural da Uerj, Ricardo Lima, é de fundamental importância o estudo dessa tradição.
– É a cultura que vem passando de pai para filho, reforçando laços de solidariedade e reafirmando as relações de pertencimento. Ela será ainda mais valorizada em um plano de salvaguarda das folias de reis do estado – declarou.
A cerimônia de entrega do documento com o pedido de registro está marcada para as 15h, no auditório do Iphan/RJ, na avenida Rio Branco, 46, Centro, com a presença de diversos mestres e integrantes das folias de reis.