Consciência ambiental através do teatro
Secretaria Municipal de Meio Ambiente e grupo Cia da Lua atuam em parceria para estimular a conscientização nas escolas de Angra
03 de agosto de 2016
A Prefeitura de Angra, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, está usando o teatro para desenvolver a conscientização ambiental nas crianças em fase escolar. A iniciativa começou na quinta-feira, dia 21, na Escola Municipal Áurea Pires de Gama, onde foi apresentado o espetáculo “Chora Rio, Rio Chora”, dirigido pelo artista angrense Zequinha Miguel.
Ao todo, cinco escolas participam do projeto, que, além do espetáculo, vai oferecer uma oficina teatral para as escolas e comunidades do entorno, com o objetivo de preparar os alunos para atuarem junto ao elenco na apresentação.
– Com a certeza de que nenhum homem pode negar sua existência, como um rio não nega o mar, o texto chama a responsabilidade do homem de cuidar do legado divino que temos em abundância, a água, fonte de toda vida – explica o ator da companhia, Mauro Nask.
A circulação, que começou na quinta, fará seu encerramento no dia 30 de julho e contará sempre com a mesma logística: após a realização da oficina teatral na escola, os artistas e alunos sairão em procissão pelas ruas do bairro, portando velas, sinos e pedindo a limpeza dos rios. Ao término da procissão, é encenado o lamento do rio, que inclui uma adaptação de texto bíblico.
TEATRO COMO AGENTE SOCIAL DE TRANSFORMAÇÃO
O diretor Zequinha Miguel, que além ser um dos fundadores da Cia da Lua fundou o grupo teatral Revolucena, destaca que “durante o cortejo várias pessoas se emocionam ao relembrarem o passado com saudosismo”.
– Elas seguem o grupo e cantam junto, fazendo uma notável homenagem aos rios que banham a cidade e sofrem com poluição de lixos e esgotos – diz do diretor.
A iniciativa de trabalhar o teatro como agente social de transformação não é inédita para Zequinha Miguel. A frente do grupo teatral Revolucena, que literalmente revolucionou a cena angrense nas décadas de 70, 80 e 90, o diretor relembra que foi com iniciativas como essa que o grupo à época conseguiu o registro e tombamento de 19 bens móveis do Centro histórico de Angra dos Reis, como a Casa de Cultura Poeta Brasil dos Reis, o Palácio Raul Pompéia (sede do Executivo municipal) e a Bica da Carioca. Para o artista, a cultura é setor estratégico de desenvolvimento cidadão e social.
- Todo o trabalho que culminou no tombamento desses bens foi a partir do teatro. Foi com uma cena de “Serra Velho”, mitologia do folclore angrense, que conseguimos chamar a população para esses cenários de apresentação e, após o espetáculo, colher assinaturas que viraram abaixo-assinados que foram enviados ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional [Iphan]. E quem sabe daqui uns anos não poderemos concluir que esse trabalho iniciado agora significou uma mudança na realidade dos nossos rios e mar? A nossa parte já estamos fazendo - concluiu o diretor.
PROGRAMAÇÃO:
Dia 25 – Campo Belo – Escola Municipal Mauro Sérgio da Cunha: oficina às 14h; apresentação às 16h30
Dia 28 – Jacuecanga – Escola Municipal Cornelis Verolme: oficina às 14h; apresentação às 17h
Dia 29 – Frade – Escola Municipal Prefeito José Luiz Ribeiro Reseck: oficina às 14h; apresentação às 17h
Dia 30 – Vila do Abraão – Ilha Grande – Casa de Cultura da Vila do Abraão: oficina às 14h; apresentação às 19h30.
Ao todo, cinco escolas participam do projeto, que, além do espetáculo, vai oferecer uma oficina teatral para as escolas e comunidades do entorno, com o objetivo de preparar os alunos para atuarem junto ao elenco na apresentação.
– Com a certeza de que nenhum homem pode negar sua existência, como um rio não nega o mar, o texto chama a responsabilidade do homem de cuidar do legado divino que temos em abundância, a água, fonte de toda vida – explica o ator da companhia, Mauro Nask.
A circulação, que começou na quinta, fará seu encerramento no dia 30 de julho e contará sempre com a mesma logística: após a realização da oficina teatral na escola, os artistas e alunos sairão em procissão pelas ruas do bairro, portando velas, sinos e pedindo a limpeza dos rios. Ao término da procissão, é encenado o lamento do rio, que inclui uma adaptação de texto bíblico.
TEATRO COMO AGENTE SOCIAL DE TRANSFORMAÇÃO
O diretor Zequinha Miguel, que além ser um dos fundadores da Cia da Lua fundou o grupo teatral Revolucena, destaca que “durante o cortejo várias pessoas se emocionam ao relembrarem o passado com saudosismo”.
– Elas seguem o grupo e cantam junto, fazendo uma notável homenagem aos rios que banham a cidade e sofrem com poluição de lixos e esgotos – diz do diretor.
A iniciativa de trabalhar o teatro como agente social de transformação não é inédita para Zequinha Miguel. A frente do grupo teatral Revolucena, que literalmente revolucionou a cena angrense nas décadas de 70, 80 e 90, o diretor relembra que foi com iniciativas como essa que o grupo à época conseguiu o registro e tombamento de 19 bens móveis do Centro histórico de Angra dos Reis, como a Casa de Cultura Poeta Brasil dos Reis, o Palácio Raul Pompéia (sede do Executivo municipal) e a Bica da Carioca. Para o artista, a cultura é setor estratégico de desenvolvimento cidadão e social.
- Todo o trabalho que culminou no tombamento desses bens foi a partir do teatro. Foi com uma cena de “Serra Velho”, mitologia do folclore angrense, que conseguimos chamar a população para esses cenários de apresentação e, após o espetáculo, colher assinaturas que viraram abaixo-assinados que foram enviados ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional [Iphan]. E quem sabe daqui uns anos não poderemos concluir que esse trabalho iniciado agora significou uma mudança na realidade dos nossos rios e mar? A nossa parte já estamos fazendo - concluiu o diretor.
PROGRAMAÇÃO:
Dia 25 – Campo Belo – Escola Municipal Mauro Sérgio da Cunha: oficina às 14h; apresentação às 16h30
Dia 28 – Jacuecanga – Escola Municipal Cornelis Verolme: oficina às 14h; apresentação às 17h
Dia 29 – Frade – Escola Municipal Prefeito José Luiz Ribeiro Reseck: oficina às 14h; apresentação às 17h
Dia 30 – Vila do Abraão – Ilha Grande – Casa de Cultura da Vila do Abraão: oficina às 14h; apresentação às 19h30.