Extensão Aquicola

Compete em prestar assistência técnica aos produtores com objetivo de repassar informações sobre métodos de cultivo, novas tecnologias, em elaborar projetos de licenciamento, realizar a estatística de produção, indicar mercado consumidor e realizar o monitoramento ambiental das áreas de cultivo e da produção.

Áreas de concentração da Extensão:

- Monitoramento ambiental;

- Elaboração dos projetos de licenciamento das áreas aquícolas para maricultores integrantes do programa de fomento da SPA;

- Elaboração de projeto para captação de recursos.

Projetos em Andamento

Projeto Experimental do Cultivo do Peixe Bijupirá – breve histórico

Em janeiro de 2009, foi adquirido pelo Sr. Carlos Kazuo um lote de 900 peixes entre 1,5 e 3 gramas (alevinos) do laboratório Nacional de Aquicultura Marinha, localizado no município de Ilha Comprida – SP.

A partir deste momento, iniciou-se uma bateria de experimentos científicos que objetivaram testar o potencial zootécnico do peixe bijupirá, e ao final de 12 meses de cultivo os peixes atingiram uma média de crescimento de 3,5 Kg, tendo peixes atingido o peso de 8 Kg. A taxa de mortalidade foi de cerca de 50%, isso devido a grande quantidade de manejos realizados neste período, já que vários experimentos foram realizados e foi necessária a retirada dos peixes do mar a cada uma semana, o que provoca grande estresse e consequente mortalidade.

Contudo, o índice zootécnico demonstrou um grande potencial para o cultivo desta espécie na região.

Deu-se continuidade ao cultivo com os peixes remanescentes, e como os tanques que a Secretaria instalou são pequenos, a PMAR adquiriu mais três tanques em tamanho e modelo diferente, o que possibilitou que os peixes fossem mantidos até a presente data no cultivo, já tendo hoje peixes com mais de 40 Kg.

Novos lotes de juvenis de bijupirá foram estocados, obtendo também sucesso no cultivo experimental.

Pequena Unidade de Produção de Lanternas Japonesas para Maricultura

Este projeto tem como objetivo a construção de um prédio de um pavimento com área de 64 m² para acomodar os materiais de confecção das lanternas e para que lá seja realizada a montagem destes equipamentos.

As lanternas devem ser comercializadas a preço de custo e todo o trabalho gerenciado pela AMBIG – Associação dos Maricultores da Baía da Ilha Grande. O dinheiro arrecadado com a venda das lanternas deverá ser depositado em conta específica a ser aberta pela AMBIG que deverá então comprar novos materiais para confecção de mais lanternas, reduzindo a necessidade de subsídio por parte do poder público para o fomento da maricultura.

Laboratório de produção de formas jovens do peixe bijupirá.

O peixe bijupirá, além de apresentar ótimos índices de crescimento e sobrevivência em sistema de cativeiro, também possui outra característica de grande importância para um peixe com potencial para o cultivo, a reprodução expontânea, sem necessidade de utilização de indução hormonal, e entra no período reprodutivo no verão, com o aquecimento da água do mar, realizando desovas durante todo o verão.

Foi observado no cultivo experimental o comportamento de "côrte" dentro dos tanques, e com o fim das atividades do Laboratório de Ilha Comprida, o Sr. Kazuo e os técnicos da FURG, decidiram realizar uma larvicultura experimental em um galpão na praia do Bananal, também de propriedade do Sr. Kazuo.

A tentativa obteve sucesso, contudo o espaço não estava adequadamente equipado e a sobrevivência dos juvenis foi muito pequena.

A partir daí, tomou-se como meta a adequação do espaço para torná-lo um laboratório de produção de juvenis, e foi elaborado um projeto para captação de recurso financeiro. A FAPERJ – Fundação Carlos Chagas de Aparo a Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro abriu edital para financiar projetos que visassem o desenvolvimento de tecnologias produtivas, e poderiam concorrer pessoas físicas como empreendedores individuais, empresas e associações cooperativas, assim optou-se por concorrer ao edital pela Associação dos Maricultores – AMBIG, colocando como espaço para utilização o mesmo galpão na praia do Bananal, de propriedade da família do Sr. Kazuo.

As obras encontram-se em fase final e após a licença ambiental ser concedida pelo INEA o laboratório estará em plenas condições de funcionamento.