Nova exposição no Centro Cultural Theophilo Massad
CCTM apresenta "Pelas Ruas e Calçadas - Comércio Informal e Ambulante Ontem e Hoje"
30 de junho de 2014
A Prefeitura de Angra, por meio da Fundação Cultural do Município (Cultuar), e o Museu Histórico Nacional, apresentam de 3 de Julho até 24 de agosto, no Centro Cultural Theophilo Massad, a exposição: "Pelas Ruas e Calçadas - Comércio Informal e Ambulante Ontem e Hoje", um trabalho realizado em parceria com o Serviço Social do Comércio (Sesc). A mostra conta com 55 quadros de 60 X 50cm. O Centro Cultural Theophilo Massad fica aberto de quarta a sexta, das 15h às 21h e sábados e domingos das 15h ás 19h.
São reproduções fotográficas do Arquivo Histórico, além de fotos especialmente feitas para a exposição. Quem nunca viu ou ouviu falar do mascate, do lambe-lambe, do quiosque, do burro sem rabo, da baiana e suas cocadas, do garrafeiro, do amolador de facas, do meninos vendedor de jornais, do camelô?
Não há cidade ou vila cujas ruas e calçadas não tenham sido palco do drama cotidiano de ambulantes e feirantes, que com sua algazarra, gritos e pregões enchiam o ar, exercendo uma forma de comércio tão antiga, assistemática e não-formal, em busca da sobrevivência. Intimamente ligado à vida e à evolução das próprias cidades brasileiras. Esse tipo de comércio é o tema da exposição.
São reproduções fotográficas, realizadas a partir de iconografia do acervo do Museu Histórico Nacional, que documentam os aspectos e flagrantes da atividade comercial desenvolvida nas ruas, praças e calçadas das principais cidades brasileiras, com especial ênfase para o Rio de Janeiro, do século XIX até os dias atuais. A exposição permite ainda a reflexão sobre uma das formas mais tradicionais e pitorescas do comércio no Brasil.
A exposição é dividida em três módulos. O primeiro módulo - "O comércio se movimenta sobre a cabeça dos escravos... e também sobre a cabeça dos imigrantes" - mostra que até o século XIX, a maior parte do comércio de comestíveis era feita por escravos, o que foi bem documentado por Debret. De porta em porta, eles iam vendendo de tudo; leite, aves, frutas, cana de açucar, banha cheirosa para o cabelo, carnes defumadas e tripas, pão-de-ló, lingüiças, sonhos, café torrado, refrescos.
Vendiam-se, ainda, cadeiras, cestos e serviços de barbeador e carregador. Já Marc Ferrez retrata, por volta de 1895, os imigrantes, ou "gringos" - portugueses, espanhóis, árabes, italianos e judeus -, que vieram trabalhar na lavoura e terminaram no comércio informal, vendendo pão doce, cebola, verduras, bengalas e guarda-chuvas, miudezas e jornais. Muitos sonharam e poucos conseguiram transformar o negócio ambulante em comércio sistemático e bem estabelecido.
O burburinho das ruas e feiras, as mercadorias levadas em carroças, nos lombos dos animais e nas costas e braços dos vendedores, os pregões usados para atrair os fregueses ("laranja seleta, quem não sabe ler soletra", "olha a melancia, dona Maria, panela no fogo, barriga vazia! ), os quiosques, onde o povo comia broas e frituras e bebia cachaça nas folgas do trabalho .... Tudo isto está no segundo módulo - "Feiras, mercados e quiosques" -, sob a objetiva dos fotógrafos Jean Gutierrez e Augusto Malta. Gutierrez retratou, em 1890, os diversos aspectos da feira instalada em frente ao mercado, no Rio de Janeiro, e Malta, os diversos quiosques espalhados pela cidade.
No terceiro módulo - "O Cotidiano de Nossa Cidade: camelôs, trailers e carrocinhas" - vemos a permanência e /ou a transformação de algumas modalidades do comércio informal e ambulante de nossos dias, através das fotos de Hugo Leal, que documentou alguns dos cento e cinquenta mil ambulantes em atividade no município do Rio de Janeiro. Os originais integram a coleção do Arquivo Histórico do Museu.
São reproduções fotográficas do Arquivo Histórico, além de fotos especialmente feitas para a exposição. Quem nunca viu ou ouviu falar do mascate, do lambe-lambe, do quiosque, do burro sem rabo, da baiana e suas cocadas, do garrafeiro, do amolador de facas, do meninos vendedor de jornais, do camelô?
Não há cidade ou vila cujas ruas e calçadas não tenham sido palco do drama cotidiano de ambulantes e feirantes, que com sua algazarra, gritos e pregões enchiam o ar, exercendo uma forma de comércio tão antiga, assistemática e não-formal, em busca da sobrevivência. Intimamente ligado à vida e à evolução das próprias cidades brasileiras. Esse tipo de comércio é o tema da exposição.
São reproduções fotográficas, realizadas a partir de iconografia do acervo do Museu Histórico Nacional, que documentam os aspectos e flagrantes da atividade comercial desenvolvida nas ruas, praças e calçadas das principais cidades brasileiras, com especial ênfase para o Rio de Janeiro, do século XIX até os dias atuais. A exposição permite ainda a reflexão sobre uma das formas mais tradicionais e pitorescas do comércio no Brasil.
A exposição é dividida em três módulos. O primeiro módulo - "O comércio se movimenta sobre a cabeça dos escravos... e também sobre a cabeça dos imigrantes" - mostra que até o século XIX, a maior parte do comércio de comestíveis era feita por escravos, o que foi bem documentado por Debret. De porta em porta, eles iam vendendo de tudo; leite, aves, frutas, cana de açucar, banha cheirosa para o cabelo, carnes defumadas e tripas, pão-de-ló, lingüiças, sonhos, café torrado, refrescos.
Vendiam-se, ainda, cadeiras, cestos e serviços de barbeador e carregador. Já Marc Ferrez retrata, por volta de 1895, os imigrantes, ou "gringos" - portugueses, espanhóis, árabes, italianos e judeus -, que vieram trabalhar na lavoura e terminaram no comércio informal, vendendo pão doce, cebola, verduras, bengalas e guarda-chuvas, miudezas e jornais. Muitos sonharam e poucos conseguiram transformar o negócio ambulante em comércio sistemático e bem estabelecido.
O burburinho das ruas e feiras, as mercadorias levadas em carroças, nos lombos dos animais e nas costas e braços dos vendedores, os pregões usados para atrair os fregueses ("laranja seleta, quem não sabe ler soletra", "olha a melancia, dona Maria, panela no fogo, barriga vazia! ), os quiosques, onde o povo comia broas e frituras e bebia cachaça nas folgas do trabalho .... Tudo isto está no segundo módulo - "Feiras, mercados e quiosques" -, sob a objetiva dos fotógrafos Jean Gutierrez e Augusto Malta. Gutierrez retratou, em 1890, os diversos aspectos da feira instalada em frente ao mercado, no Rio de Janeiro, e Malta, os diversos quiosques espalhados pela cidade.
No terceiro módulo - "O Cotidiano de Nossa Cidade: camelôs, trailers e carrocinhas" - vemos a permanência e /ou a transformação de algumas modalidades do comércio informal e ambulante de nossos dias, através das fotos de Hugo Leal, que documentou alguns dos cento e cinquenta mil ambulantes em atividade no município do Rio de Janeiro. Os originais integram a coleção do Arquivo Histórico do Museu.