Ecologia e turismo em debate
TurisAngra participa de workshop do IED-BIG
30 de junho de 2014
Sustentabilidade, boas práticas e respeito ao meio ambiente, estes foram alguns dos temas discutidos na tarde desta quarta-feira, 25, durante o workshop promovido pelo Instituto de Ecodesenvolvimento da Baía da Ilha Grande (IED-BIG), com apoio da Transpetro e da Fundação de Turismo de Angra dos Reis (TurisAngra), voltado para o trade turístico da Ponta Leste, que convive diariamente pelas atividades da Transpetro.
Cerca de cinquenta pessoas participaram do evento, que aconteceu no auditório do Terminal da Transpetro, às margens da rodovia Rio-Santos. Foram cinco palestras que mostraram casos de sucesso de implementação de práticas sustentáveis e de respeito às comunidades tradicionais na indústria do turismo.
Após a abertura do evento, que contou com a fala do gerente do Terminal Aquaviário do Terminal da Petrobras da Baía da Ilha Grande, Virmar Guimarães Muzitano, explicando a política de responsabilidade socioambiental da Transpetro, que busca respeitar e se integrar com a comunidade de seu entorno, através do apoio a iniciativas como o IED-BIG, e desenvolve um importante trabalho de educação ambiental.
A presidente da TurisAngra, Maria Silvia Rubio, lembrou que a região da Ponta Leste tem um grande potencial para o desenvolvimento de atividades de ecoturismo.
- Ecoturismo é o tipo de atividade que mais estimula o desenvolvimento sustentável para uma região, já que acontece durante todo o ano e traz para a região um público consciente do seu papel como agente da preservação ambiental. Além disso, a prática do turismo deve estar alinhada com a sustentabilidade dos moradores do entorno e de sua cultura, já que estas comunidades são as mais afetadas pela atividade turística. O turismo só é bom para o turista quando ele é bom para a população do local - explicou Maria Silvia.
O sócio e consultor hoteleiro Arthur Medeiros, da Haber Hotelaria, detalhou as diversas iniciativas sustentáveis que seu grupo aplicou no hotel Spaventura, que utiliza arquitetura e técnicas ambientalmente corretas na hotelaria. Entre elas, aquecimento solar, reaproveitamento de água e tratamento de esgoto. Segundo ele, a utilização de mão de obra das próprias comunidades dos arredores dos empreendimentos, assim como a preferência em consumir produtos produzidos pelos agricultores locais, geram uma espécie de ciclo de proteção, no qual a empresa protege a comunidade e vice-versa. Arthur destacou que atualmente 90% da hotelaria é independente das grandes redes, que muitas destas empresas são familiares e que estão passando por um processo de profissionalização.
Ainda na linha de práticas sustentáveis aplicadas aos empreendimentos turísticos, o empresário angrense, Carlos Kazuo, detalhou uma série de iniciativas que estão implementadas em sua pousada na praia do Bananal, na Ilha Grande. Lá, além do reuso de água e tratamento de afluentes, há também iniciativas como a separação do lixo e reuso do óleo. De acordo com o empresário, as práticas de maricultura adotadas, como o cultivo das vieiras e a produção do bijupuirá, se tornaram atrativos extras para a pousada e fonte de renda para as comunidades caiçaras. Atualmente, estudante de várias partes do país buscam a pousada Nautillus para conhecer este trabalho.
Outro palestrante foi Domingos Oliveira, do grupo Agenda 21 de Paraty e um dos responsáveis pelo programa Passaporte Verde, que visa promover o turismo comunitário, o reaproveitamento do óleo de cozinha e a gastronomia sustentável. Segundo ele, o turista deve ser estimulado para que desenvolva uma consciência ambiental.
O programa de coleta de óleo, promovido pelo grupo, arrecadou cerca de 1 milhão de litros do produto na Costa Verde, mas este número representa apenas 5% do total de óleo de cozinha descartado na região. Outra iniciativa importante do grupo, sediado em Paraty, é o da culinária sustentável, que já conta com o apoio de diversos restaurantes da cidade histórica. Estes empreendimentos priorizam a criação de pratos com produtos típicos da região, valorizando o produtor rural. A proposta do grupo é expandir o Passaporte Verde para toda a região.
Fechando o evento, a editora da revista Casar RJ, Priscilla Hyer e a empresária Cristina Santos, da Arte Floral, falaram um pouco sobre o mercado de casamentos, que está em franca expansão. Segundo elas, o setor movimenta no país, cerca de R$16 bilhões anuais e a região tem uma boa possibilidade de absorver parte deste mercado.
Segundo Cristina, é comum as noivas desejarem se casar em lugares diferentes dos que vivem, sendo que Angra já recebe muitos casais em lua de mel. A ideia é incentivar que as cerimônias também aconteçam no município, estimulando assim a ocupação no período da baixa temporada, período propício para casamentos "pé na areia", já que nos meses entre março e novembro chove menos na região.
A editora da Casar RJ lembrou que o mercado de casamentos costuma empregar mão de obra e serviços locais, reduzindo assim custos paras a noivas e estimulando a economia local.
Para a presidente da TurisAngra, Maria Silvia Rubio, para a atividade turística voltada para casamentos se desenvolver em Angra, é preciso que o setor de serviços se organize ainda mais. Por orientação da Prefeita Conceição Rabha, o trabalho da TurisAngra está alinhado às políticas de incentivo preconizadas pelos governos estadual e federal.
- Atualmente a política do Ministério do Turismo, a qual estamos alinhados é de estímulo às comunidades tradicionais e cultura local. Turistas europeus, por exemplo, costumam gostar bastante de conhecer aspectos culturais de outros locais. Já estamos preparando algumas ações voltadas ao turismo de base comunitária em nosso município - concluiu.
Cerca de cinquenta pessoas participaram do evento, que aconteceu no auditório do Terminal da Transpetro, às margens da rodovia Rio-Santos. Foram cinco palestras que mostraram casos de sucesso de implementação de práticas sustentáveis e de respeito às comunidades tradicionais na indústria do turismo.
Após a abertura do evento, que contou com a fala do gerente do Terminal Aquaviário do Terminal da Petrobras da Baía da Ilha Grande, Virmar Guimarães Muzitano, explicando a política de responsabilidade socioambiental da Transpetro, que busca respeitar e se integrar com a comunidade de seu entorno, através do apoio a iniciativas como o IED-BIG, e desenvolve um importante trabalho de educação ambiental.
A presidente da TurisAngra, Maria Silvia Rubio, lembrou que a região da Ponta Leste tem um grande potencial para o desenvolvimento de atividades de ecoturismo.
- Ecoturismo é o tipo de atividade que mais estimula o desenvolvimento sustentável para uma região, já que acontece durante todo o ano e traz para a região um público consciente do seu papel como agente da preservação ambiental. Além disso, a prática do turismo deve estar alinhada com a sustentabilidade dos moradores do entorno e de sua cultura, já que estas comunidades são as mais afetadas pela atividade turística. O turismo só é bom para o turista quando ele é bom para a população do local - explicou Maria Silvia.
O sócio e consultor hoteleiro Arthur Medeiros, da Haber Hotelaria, detalhou as diversas iniciativas sustentáveis que seu grupo aplicou no hotel Spaventura, que utiliza arquitetura e técnicas ambientalmente corretas na hotelaria. Entre elas, aquecimento solar, reaproveitamento de água e tratamento de esgoto. Segundo ele, a utilização de mão de obra das próprias comunidades dos arredores dos empreendimentos, assim como a preferência em consumir produtos produzidos pelos agricultores locais, geram uma espécie de ciclo de proteção, no qual a empresa protege a comunidade e vice-versa. Arthur destacou que atualmente 90% da hotelaria é independente das grandes redes, que muitas destas empresas são familiares e que estão passando por um processo de profissionalização.
Ainda na linha de práticas sustentáveis aplicadas aos empreendimentos turísticos, o empresário angrense, Carlos Kazuo, detalhou uma série de iniciativas que estão implementadas em sua pousada na praia do Bananal, na Ilha Grande. Lá, além do reuso de água e tratamento de afluentes, há também iniciativas como a separação do lixo e reuso do óleo. De acordo com o empresário, as práticas de maricultura adotadas, como o cultivo das vieiras e a produção do bijupuirá, se tornaram atrativos extras para a pousada e fonte de renda para as comunidades caiçaras. Atualmente, estudante de várias partes do país buscam a pousada Nautillus para conhecer este trabalho.
Outro palestrante foi Domingos Oliveira, do grupo Agenda 21 de Paraty e um dos responsáveis pelo programa Passaporte Verde, que visa promover o turismo comunitário, o reaproveitamento do óleo de cozinha e a gastronomia sustentável. Segundo ele, o turista deve ser estimulado para que desenvolva uma consciência ambiental.
O programa de coleta de óleo, promovido pelo grupo, arrecadou cerca de 1 milhão de litros do produto na Costa Verde, mas este número representa apenas 5% do total de óleo de cozinha descartado na região. Outra iniciativa importante do grupo, sediado em Paraty, é o da culinária sustentável, que já conta com o apoio de diversos restaurantes da cidade histórica. Estes empreendimentos priorizam a criação de pratos com produtos típicos da região, valorizando o produtor rural. A proposta do grupo é expandir o Passaporte Verde para toda a região.
Fechando o evento, a editora da revista Casar RJ, Priscilla Hyer e a empresária Cristina Santos, da Arte Floral, falaram um pouco sobre o mercado de casamentos, que está em franca expansão. Segundo elas, o setor movimenta no país, cerca de R$16 bilhões anuais e a região tem uma boa possibilidade de absorver parte deste mercado.
Segundo Cristina, é comum as noivas desejarem se casar em lugares diferentes dos que vivem, sendo que Angra já recebe muitos casais em lua de mel. A ideia é incentivar que as cerimônias também aconteçam no município, estimulando assim a ocupação no período da baixa temporada, período propício para casamentos "pé na areia", já que nos meses entre março e novembro chove menos na região.
A editora da Casar RJ lembrou que o mercado de casamentos costuma empregar mão de obra e serviços locais, reduzindo assim custos paras a noivas e estimulando a economia local.
Para a presidente da TurisAngra, Maria Silvia Rubio, para a atividade turística voltada para casamentos se desenvolver em Angra, é preciso que o setor de serviços se organize ainda mais. Por orientação da Prefeita Conceição Rabha, o trabalho da TurisAngra está alinhado às políticas de incentivo preconizadas pelos governos estadual e federal.
- Atualmente a política do Ministério do Turismo, a qual estamos alinhados é de estímulo às comunidades tradicionais e cultura local. Turistas europeus, por exemplo, costumam gostar bastante de conhecer aspectos culturais de outros locais. Já estamos preparando algumas ações voltadas ao turismo de base comunitária em nosso município - concluiu.