Convento São Bernardino recebe exposição
Santos de Junho e suas características festivo populares está aberta a visitação
26 de junho de 2014
A Prefeitura de Angra, por meio da Fundação Cultural (Cultuar), inaugurou na sextafeira, 19, a exposição "Santos de Junho e suas características festivo populares". Com curadoria da própria equipe de motivadores culturais do Convento São Bernadino de Sena, a mostra poderá ser conferida até o dia 30 de junho, de quarta a domingo, das 10h às 12h e das 14h às 17h. A entrada é gratuita.
Na exposição, imagens, esculturas, textos sobre a história dos santos, além de cartazes das festas nos anos passados representam a riqueza da manifestação cultural e religiosa dos Santos do mês de Junho. Na abertura, o grupo de quadrilha "Cumpadre Nequinho" se apresentou.
O objetivo da mostra é revelar ao público o elo existente entre a história religiosa e cultural dos santos devotados no mês de junho. Algumas lendas do folclore, como simpatias, também estão expostas na mostra.
SOBRE A FESTA
O ciclo junino é marcado por comemorações festivas alusivas a três santos: Santo Antônio - 13 de junho, São João - 24 de junho, São Pedro e São Paulo - 29 de junho. Existem duas explicações para o termo "festa junina". A primeira explica que surgiu em função das festividades ocorrerem durante o mês de junho. Outra versão diz que esta festa tem origem em países católicos da Europa e, portanto, seriam em homenagem a São João. No princípio, a festa era chamada de Joanina.
De acordo com historiadores, esta festividade foi trazida para o Brasil pelos portugueses, ainda durante o período colonial. Nesta época, havia uma grande influência de elementos culturais portugueses, chineses, espanhóis e franceses.
As danças podem ser exemplificadas pela "Cana Verde", Ciranda e Jongo. Da França veio a dança marcada, característica típica das danças nobres e que, no Brasil, influenciou muito as típicas quadrilhas. Da Península Ibérica teria vindo a dança de fitas, muito comum em Portugal e na Espanha.
Já a tradição de soltar fogos de artifício veio da China, região de onde teria surgido a manipulação da pólvora para a fabricação de fogos. Os fogos, além de sua expressão festiva, têm função profilática, ou seja, acreditase que teriam o objetivo de afastar as influências malignas, protegendo os habitantes do lugar.
As comidas típicas têm a marca da celebração da colheita do milho. Por este motivo, é comum, apreciar pratos preparados a base do grão, exemplo da pamonha e da canjica. Além das receitas com milho, também fazem parte do cardápio desta época: arroz doce, bolo de amendoim, bolo de pinhão, bombocado, broa de fubá, cocada, pédemoleque, quentão, vinho quente, batata doce e muito mais.
As tradições fazem parte das comemorações. O mês de junho é marcado pelas fogueiras, que servem como centro para a famosa dança de quadrilhas. Os balões também compõem este cenário, embora cada vez mais raros em função das leis que proíbem esta prática, em função dos riscos de incêndio que representam.
No Nordeste, ainda é muito comum a formação dos grupos festeiros. Estes grupos ficam andando e cantando pelas ruas das cidades. Vão passando pelas casas, onde os moradores deixam nas janelas e portas uma grande quantidade de comidas e bebidas para serem degustadas pelos festeiros.
Já na região Sudeste são tradicionais a realização de quermesses. Estas festas populares são realizadas por igrejas, colégios, sindicatos e empresas. Possuem barraquinhas com comidas típicas e jogos para animar os visitantes. A dança da quadrilha, geralmente ocorre durante toda a quermesse.
Como Santo Antônio é considerado o santo casamenteiro, são comuns as simpatias para mulheres solteiras que querem se casar. No dia 13 de junho, as igrejas católicas distribuem o "pãozinho de Santo Antônio". Diz a tradição que o pão bento deve ser colocado junto aos outros mantimentos da casa, para que nunca ocorra a falta. As mulheres que querem se casar, diz a tradição, devem comer deste pão.
As sortes, de origem europeia, são utilizadas para adivinhações. Um exemplo, é o costume de se passar a folha da bananeira, à meianoite, pela fogueira. Se ela não murchar, a pessoa que fez o rito irá se casar.
Colocar dentro de um prato um pouco d#39;água e logo após acender uma vela e virar para baixo para que a cera caia. Aos poucos a cera forma letras, que constituirão o nome do futuro namorado ou namorada. Outro costume é colocar uma tampa de panela em cima do telhado com nome de rapazes em papéis enrolados. Ao amanhecer, o papel que estiver aberto é o nome de seu futuro marido.
Todos estes elementos culturais foram, com o passar do tempo, misturandose aos aspectos culturais dos brasileiros (indígenas, afrobrasileiros e imigrantes europeus) nas diversas regiões do país, tomando características particulares em cada uma delas.
Serviço
Exposição: Santos de Junho e suas caracteristas Festivo Populares
Curadoria coletiva dos servidores do Convento São Bernadino de Sena
Período: 18 a 30 de Junho
Visitação: de quarta a domingo, das 10h às 12h e das 14h às 17h.
A entrada é gratuita.
Local: Convento São Bernadino de Sena
Agendamento para visitas: 243369 7589
Na exposição, imagens, esculturas, textos sobre a história dos santos, além de cartazes das festas nos anos passados representam a riqueza da manifestação cultural e religiosa dos Santos do mês de Junho. Na abertura, o grupo de quadrilha "Cumpadre Nequinho" se apresentou.
O objetivo da mostra é revelar ao público o elo existente entre a história religiosa e cultural dos santos devotados no mês de junho. Algumas lendas do folclore, como simpatias, também estão expostas na mostra.
SOBRE A FESTA
O ciclo junino é marcado por comemorações festivas alusivas a três santos: Santo Antônio - 13 de junho, São João - 24 de junho, São Pedro e São Paulo - 29 de junho. Existem duas explicações para o termo "festa junina". A primeira explica que surgiu em função das festividades ocorrerem durante o mês de junho. Outra versão diz que esta festa tem origem em países católicos da Europa e, portanto, seriam em homenagem a São João. No princípio, a festa era chamada de Joanina.
De acordo com historiadores, esta festividade foi trazida para o Brasil pelos portugueses, ainda durante o período colonial. Nesta época, havia uma grande influência de elementos culturais portugueses, chineses, espanhóis e franceses.
As danças podem ser exemplificadas pela "Cana Verde", Ciranda e Jongo. Da França veio a dança marcada, característica típica das danças nobres e que, no Brasil, influenciou muito as típicas quadrilhas. Da Península Ibérica teria vindo a dança de fitas, muito comum em Portugal e na Espanha.
Já a tradição de soltar fogos de artifício veio da China, região de onde teria surgido a manipulação da pólvora para a fabricação de fogos. Os fogos, além de sua expressão festiva, têm função profilática, ou seja, acreditase que teriam o objetivo de afastar as influências malignas, protegendo os habitantes do lugar.
As comidas típicas têm a marca da celebração da colheita do milho. Por este motivo, é comum, apreciar pratos preparados a base do grão, exemplo da pamonha e da canjica. Além das receitas com milho, também fazem parte do cardápio desta época: arroz doce, bolo de amendoim, bolo de pinhão, bombocado, broa de fubá, cocada, pédemoleque, quentão, vinho quente, batata doce e muito mais.
As tradições fazem parte das comemorações. O mês de junho é marcado pelas fogueiras, que servem como centro para a famosa dança de quadrilhas. Os balões também compõem este cenário, embora cada vez mais raros em função das leis que proíbem esta prática, em função dos riscos de incêndio que representam.
No Nordeste, ainda é muito comum a formação dos grupos festeiros. Estes grupos ficam andando e cantando pelas ruas das cidades. Vão passando pelas casas, onde os moradores deixam nas janelas e portas uma grande quantidade de comidas e bebidas para serem degustadas pelos festeiros.
Já na região Sudeste são tradicionais a realização de quermesses. Estas festas populares são realizadas por igrejas, colégios, sindicatos e empresas. Possuem barraquinhas com comidas típicas e jogos para animar os visitantes. A dança da quadrilha, geralmente ocorre durante toda a quermesse.
Como Santo Antônio é considerado o santo casamenteiro, são comuns as simpatias para mulheres solteiras que querem se casar. No dia 13 de junho, as igrejas católicas distribuem o "pãozinho de Santo Antônio". Diz a tradição que o pão bento deve ser colocado junto aos outros mantimentos da casa, para que nunca ocorra a falta. As mulheres que querem se casar, diz a tradição, devem comer deste pão.
As sortes, de origem europeia, são utilizadas para adivinhações. Um exemplo, é o costume de se passar a folha da bananeira, à meianoite, pela fogueira. Se ela não murchar, a pessoa que fez o rito irá se casar.
Colocar dentro de um prato um pouco d#39;água e logo após acender uma vela e virar para baixo para que a cera caia. Aos poucos a cera forma letras, que constituirão o nome do futuro namorado ou namorada. Outro costume é colocar uma tampa de panela em cima do telhado com nome de rapazes em papéis enrolados. Ao amanhecer, o papel que estiver aberto é o nome de seu futuro marido.
Todos estes elementos culturais foram, com o passar do tempo, misturandose aos aspectos culturais dos brasileiros (indígenas, afrobrasileiros e imigrantes europeus) nas diversas regiões do país, tomando características particulares em cada uma delas.
Serviço
Exposição: Santos de Junho e suas caracteristas Festivo Populares
Curadoria coletiva dos servidores do Convento São Bernadino de Sena
Período: 18 a 30 de Junho
Visitação: de quarta a domingo, das 10h às 12h e das 14h às 17h.
A entrada é gratuita.
Local: Convento São Bernadino de Sena
Agendamento para visitas: 243369 7589