Projeto de leitura é sucesso em escola de Angra
Alunos da escola do Morro do Peres mostram interesse e intimidade com os livros
26 de março de 2014
A educação em Angra é um dos pilares do governo da prefeita Conceição Rabha. Encontrar, na rede, profissionais comprometidos com a qualidade desse serviço, é de total importância para os governantes. Um exemplo de comprometimento e profissionalismo é o da professora Leila Júdice Queirós, da Escola Municipal Prof. Antônio José Novaes Jordão, no Morro do Peres, e criadora do projeto Piquenique da Leitura. Leila foi homenageada por professores durante o Fórum de Alfabetização, Leitura e Escrita (Fale). A repercussão desse trabalho foi tão grande que o projeto Piquenique da Leitura também recebeu moção de aplausos da Câmara de vereadores nesta terça-feira, 25.
Logo que ingressou na unidade escolar, em 1998, ela observou que os alunos nunca se aproximavam da biblioteca, o que a deixava incomodada. Ela então percebeu que deveria criar algum atrativo para mudar esse quadro. Foi quando surgiu a ideia do Piquenique da Leitura.
- A gente já trabalhava a prática da leitura e escrita dentro das salas de aula. Então percebi que os alunos não escreviam muito bem, tinham um vocabulário muito limitado. Para mudar isso precisavam ler mais livros, entender e conhecer os autores. Na verdade eles só queriam saber da merenda. Nunca fui professora de ficar só em sala de aula, porque cansa e você não aguenta ficar mais de 4h sentada na mesma posição. Acho que o professor tem que sair mesmo e apresentar outro modelo de educação aos alunos - diz Leila.
O Piquenique da Leitura ficou conhecido por toda a rede e é considerado um grande sucesso. A professora acredita que o professor precisa fazer a diferença no dia-a-dia do aluno que a educação deve ultrapassar as paredes da sala de aula.
O projeto é desenvolvido com crianças do 3º e 4º anos do ensino fundamental. Os livros são selecionados pela professora na própria biblioteca da escola, conforme as características de cada turma. Após a seleção, os alunos se reúnem no pátio, escolhem o livro de sua preferência e depois debatem sobre o que leram. A partir disso, Leila garante que tem mais facilidade de trabalhar a produção de texto dentro da sala de aula.
- Seleciono cerca de 50 livros, de acordo com as turmas. Levo para a sala de aula e quando chego, eles já estão com a caixa na mão para alocarmos os livros. É sempre um ajudando o outro. Descemos para o pátio, onde eles se organizam e forram toalhas ou lençóis que trazem de casa. Um aluno é leitor do outro. Depois eles falam sobre o livro, se gostaram e o porquê de terem gostado. Eles ainda me perguntam se podem indicar o livro para o outro colega, ou para a mãe que está em casa. São muito lindos! A autora preferida deles é a Ana Maria Machado - explica a professora.
Após o período de leitura, os alunos compartilham o lanche que trouxeram de casa e que, segundo Leila, a essa altura já não é mais tão importante quanto antes.
Quando apresentou o projeto a seus primeiros alunos, há 16 anos, Leila não sabia qual seria a reação das crianças. Ela imaginou que eles fossem ficar inibidos de ler, porque não tinham a prática de frequentar a biblioteca. A surpresa foi grande e logo foi despertada a curiosidade. O fato de o exercício ser realizado pela primeira vez fora da sala de aula e debaixo de uma árvore deixou os alunos em êxtase. A professora comemora, dizendo que essa foi uma aposta que deu muito certo.
- Eu queria mesmo é que os professores de ensino fundamental conhecessem e realizassem esse mesmo trabalho com seus alunos. Essa coisa de sair da sala de aula é muito boa, sempre trabalhei assim. Mas, agora, se o professor não se sentir seguro, ele pode realizar essa atividade dentro da sala mesmo. Hoje as minhas crianças estão lendo muito mais, estão frequentando muito a biblioteca. Também não tenho problema de mau comportamento com meus alunos, a gente se respeita e isso é muito importante - finalizou Leila.
Logo que ingressou na unidade escolar, em 1998, ela observou que os alunos nunca se aproximavam da biblioteca, o que a deixava incomodada. Ela então percebeu que deveria criar algum atrativo para mudar esse quadro. Foi quando surgiu a ideia do Piquenique da Leitura.
- A gente já trabalhava a prática da leitura e escrita dentro das salas de aula. Então percebi que os alunos não escreviam muito bem, tinham um vocabulário muito limitado. Para mudar isso precisavam ler mais livros, entender e conhecer os autores. Na verdade eles só queriam saber da merenda. Nunca fui professora de ficar só em sala de aula, porque cansa e você não aguenta ficar mais de 4h sentada na mesma posição. Acho que o professor tem que sair mesmo e apresentar outro modelo de educação aos alunos - diz Leila.
O Piquenique da Leitura ficou conhecido por toda a rede e é considerado um grande sucesso. A professora acredita que o professor precisa fazer a diferença no dia-a-dia do aluno que a educação deve ultrapassar as paredes da sala de aula.
O projeto é desenvolvido com crianças do 3º e 4º anos do ensino fundamental. Os livros são selecionados pela professora na própria biblioteca da escola, conforme as características de cada turma. Após a seleção, os alunos se reúnem no pátio, escolhem o livro de sua preferência e depois debatem sobre o que leram. A partir disso, Leila garante que tem mais facilidade de trabalhar a produção de texto dentro da sala de aula.
- Seleciono cerca de 50 livros, de acordo com as turmas. Levo para a sala de aula e quando chego, eles já estão com a caixa na mão para alocarmos os livros. É sempre um ajudando o outro. Descemos para o pátio, onde eles se organizam e forram toalhas ou lençóis que trazem de casa. Um aluno é leitor do outro. Depois eles falam sobre o livro, se gostaram e o porquê de terem gostado. Eles ainda me perguntam se podem indicar o livro para o outro colega, ou para a mãe que está em casa. São muito lindos! A autora preferida deles é a Ana Maria Machado - explica a professora.
Após o período de leitura, os alunos compartilham o lanche que trouxeram de casa e que, segundo Leila, a essa altura já não é mais tão importante quanto antes.
Quando apresentou o projeto a seus primeiros alunos, há 16 anos, Leila não sabia qual seria a reação das crianças. Ela imaginou que eles fossem ficar inibidos de ler, porque não tinham a prática de frequentar a biblioteca. A surpresa foi grande e logo foi despertada a curiosidade. O fato de o exercício ser realizado pela primeira vez fora da sala de aula e debaixo de uma árvore deixou os alunos em êxtase. A professora comemora, dizendo que essa foi uma aposta que deu muito certo.
- Eu queria mesmo é que os professores de ensino fundamental conhecessem e realizassem esse mesmo trabalho com seus alunos. Essa coisa de sair da sala de aula é muito boa, sempre trabalhei assim. Mas, agora, se o professor não se sentir seguro, ele pode realizar essa atividade dentro da sala mesmo. Hoje as minhas crianças estão lendo muito mais, estão frequentando muito a biblioteca. Também não tenho problema de mau comportamento com meus alunos, a gente se respeita e isso é muito importante - finalizou Leila.