Escola de Garatucaia realiza feira de ciências

Evento valorizou o conhecimento e a defesa do meio ambiente

18 de setembro de 2014
A feira de ciências "Conhecer para conservar", da Escola Municipal Professora Amélia Araújo Lage, em Garatucaia, organizada pela secretaria de Educação da prefeitura de Angra, na última quarta-feira, 17, reuniu um público de mais de cem pessoas. Os trabalhos apresentados pelos estudantes abordaram a questão da preservação ambiental. Organizado em salas temáticas, o evento mobilizou alunos, pais e professores em uma grande festa interdisciplinar de valorização do conhecimento e preocupação com o meio ambiente.

A feira é um desdobramento do projeto Identidades, criado em 2013, que promoveu caminhadas e o mapeamento do bairro de Garatucaia, com o objetivo de desenvolver nas crianças e adolescentes o sentimento de pertencimento à localidade, de identificação com a área onde residem. A iniciativa incentiva a produção de conhecimento a partir da observação e registro das transformações ocorridas ao longo dos anos em Garatucaia e suas consequências para a qualidade de vida da comunidade.

O projeto visa também à valorização da pesquisa, do trabalho em grupo, da criatividade e do processo de criação de artefatos e experimentos que possam ser úteis não apenas na preservação do meio ambiente, mas também na educação, saúde, agricultura, pesca, pecuária e lazer.

Das várias salas temáticas, a que mais atraiu a atenção dos alunos e visitantes foi a Sala das Sensações, coordenada pela professora Kátia Zephiro. O visitante era convidado a entrar descalço e, no escuro, usando apenas tato, olfato e audição, reunia informações para registrar em um caderno no final da visitação. Perfumes, sons e sensações táteis que remetiam a um ambiente de floresta encantaram os participantes.

Outra grande atração da feira foi a presença de representantes da comunidade indígena Pataxó, que vive atualmente no Parque Mambucaba. O grupo apresentou aspectos da sua cultura, arte, religião e o modo como se relacionam com a natureza. Os indígenas exibiram sua dança tradicional e alguns trabalhos artesanais, como instrumentos musicais e adornos.

Para a direção da unidade, a feira foi um grande momento de integração entre alunos, escola e comunidade, promovendo uma oportunidade de conhecimento do espaço.

- Ver os alunos participando e se envolvendo com um projeto, que há muito tempo não acontecia nesta unidade, nos faz acreditar que podemos trabalhar mais esta integração. Nossa intenção é fazer com que os alunos conheçam o espaço em que vivem, entendendo a importância da preservação e do cuidado com a localidade. Estamos orgulhosos de nossos alunos e da equipe escolar - disse Emanuel Vilas Boas, auxiliar de direção.