Prefeitura de Angra, por meio da Fundação Cultural (Cultuar), realiza durante todo o mês de agosto (mês do folclore) a programação Agosto Cultural - Tradição e Resistência. Na agenda, há atividades culturais em diversos espaços da cidade. A programação começou na sexta-feira, 8, na Casa Larangeiras, com o seminário "Juruá escuta", que lembrou o Dia dos Povos Indígenas (9/8) e teve como objetivo ouvir a comunidade indígena e suas necessidades. Indígenas guaranis e pataxós, moradores do Parque Mambucaba e Frade, traçaram um perfil das condições da aldeia e das ações hoje desenvolvidas pelos órgãos municipais, estaduais e federais.

A roda de conversa contou com a mediação da subsecretária de Ação Social e Direitos Humanos, Leila Kesseler, e do professor da Universidade Federal Fluminense (UFF), Domingos Nobre. Dando continuidade às discussões do encontro, será marcada uma reunião com a prefeita Conceição Rabha e demais entidades responsáveis pelo atendimento aos índios para a apresentação das demandas.

À noite, ainda na Casa Larangeiras, foi a vez da roda de conversa sobre maculelê, maracatu e puxada de rede. O encontro foi mediado pelo mestre Abutre. Enquanto isso, às 19h, na praça Codrato de Vilhena, acontecia a abertura de mais um Capoeirangra. Houve aulão de maculelê, rodas de capoeira, batizados, palestras, homenagens, música e muita ginga. Uma grande festa onde todos puderam se divertir e aprender.

O Capoeirangra reuniu 390 convidados do Brasil e Europa, como o mestre Chão (França), mestre Gato e mestre Garrincha, fundadores do Grupo Senzala e que hoje viajam o mundo inteiro disseminando os ensinamentos da capoeira.

- O Capoeirangra é antes de tudo um encontro para divulgar a capoeira. O evento é, também, para que alunos, mestres e contra-mestres de capoeira possam conhecer melhor Angra dos Reis e o nosso trabalho - sinalizou Wanderley Silveira, o mestre Deco, que há 10 anos organiza o Capoeirangra.