Fórum de Relações Étnico-Raciais em Angra
Cerca de 100 pessoas ligadas ao tema debateram a religiosidade no ambiente escolar
06 de outubro de 2014
Aconteceu na última sexta-feira, dia 3, no Centro de Estudos Ambientais (CEA), o 2º Fórum Municipal Permanente para Educação das Relações Étnico-Raciais. O encontro foi organizado pela Prefeitura de Angra dos Reis, por meio da Gerência de Educação Comunitária da Secretaria de Educação, Ciência e Tecnologia.
Abordando o tema “Religiosidade e educação: desafios cotidianos para a construção de políticas de promoção à igualdade racial“, o encontro contou com um público de aproximadamente cem pessoas, incluindo professores e pesquisadores ligados à temática, repetindo o sucesso do primeiro encontro, que aconteceu em julho.
O fórum tem como principais objetivos contribuir para o processo de formação permanente, discutir as diretrizes e orientações para a educação das relações étnico-raciais nas escolas e socializar as práticas de ensino que objetivem a promoção da igualdade étnico-racial e a valorização do conhecimento das comunidades tradicionais indígenas, quilombolas, caiçaras, ciganas e outras.
A professora Cristiane Gonçalves, que trabalha com relações étnico-raciais e faz parte do Núcleo de Ações Integradas da Secretaria de Educação de Niterói, falou sobre o projeto Sagrada Natureza, que é desenvolvido em escolas da rede pública niteroiense.
- O projeto Sagrada Natureza relaciona as questões indígenas e quilombolas com a questão ambiental. A conexão maior que a gente faz é com a mitologia dos orixás, trabalhando a sustentabilidade. É um projeto que promove a discussão da questão da religiosidade, sobretudo a africana, nas escolas - explica.
Elaine Lopes Eucário, que é professora de história do 6º ano do ensino fundamental da rede municipal, destacou que é muito importante que os alunos questionem o ambiente em que vivem e que o trabalho de história é para desconstruir coisas que estão no senso comum.
- Desde o início a gente vem trabalhando a questão da pré-história, mostrando que a vida humana começou na África e indagando o porquê de existir racismo e preconceito se todos nós temos uma ancestralidade comum - diz Elaine.
Outras professoras de rede pública de Angra também estavam presentes, como Kátia Antunes Zephiro, Alissan Maria da Silva e Roseléa Oliveira, que é integrante da Coordenação de Políticas Interculturais da Secretaria de Educação, Ciência e Tecnologia.
Além de palestras, o público pôde apreciar e comprar artigos e acessórios indígenas produzidos pela tribo Pataxó, situada no Parque Mambucaba. A gerente de Educação Comunitária, Sílvia Bitencourt, comemorou o grande sucesso do fórum e afirmou que, além de ser um compromisso da atual gestão, ele é uma demanda das escolas e dos movimentos sociais.
- Nós, da secretaria, estamos comprometidos com a questão do combate ao racismo e à desigualdade racial e, nesse fórum, discutimos a questão da religiosidade, que ainda é um desafio nas escolas públicas. Esperamos que este seja mais um espaço de formação permanente para os nossos profissionais e de articulação entre o poder público e a sociedade civil. Queremos contribuir para uma prática educacional mais comprometida com a questão das diferenças que existem em nossa cidade, inclusive quanto às vertentes religiosas - diz Sílvia.
Abordando o tema “Religiosidade e educação: desafios cotidianos para a construção de políticas de promoção à igualdade racial“, o encontro contou com um público de aproximadamente cem pessoas, incluindo professores e pesquisadores ligados à temática, repetindo o sucesso do primeiro encontro, que aconteceu em julho.
O fórum tem como principais objetivos contribuir para o processo de formação permanente, discutir as diretrizes e orientações para a educação das relações étnico-raciais nas escolas e socializar as práticas de ensino que objetivem a promoção da igualdade étnico-racial e a valorização do conhecimento das comunidades tradicionais indígenas, quilombolas, caiçaras, ciganas e outras.
A professora Cristiane Gonçalves, que trabalha com relações étnico-raciais e faz parte do Núcleo de Ações Integradas da Secretaria de Educação de Niterói, falou sobre o projeto Sagrada Natureza, que é desenvolvido em escolas da rede pública niteroiense.
- O projeto Sagrada Natureza relaciona as questões indígenas e quilombolas com a questão ambiental. A conexão maior que a gente faz é com a mitologia dos orixás, trabalhando a sustentabilidade. É um projeto que promove a discussão da questão da religiosidade, sobretudo a africana, nas escolas - explica.
Elaine Lopes Eucário, que é professora de história do 6º ano do ensino fundamental da rede municipal, destacou que é muito importante que os alunos questionem o ambiente em que vivem e que o trabalho de história é para desconstruir coisas que estão no senso comum.
- Desde o início a gente vem trabalhando a questão da pré-história, mostrando que a vida humana começou na África e indagando o porquê de existir racismo e preconceito se todos nós temos uma ancestralidade comum - diz Elaine.
Outras professoras de rede pública de Angra também estavam presentes, como Kátia Antunes Zephiro, Alissan Maria da Silva e Roseléa Oliveira, que é integrante da Coordenação de Políticas Interculturais da Secretaria de Educação, Ciência e Tecnologia.
Além de palestras, o público pôde apreciar e comprar artigos e acessórios indígenas produzidos pela tribo Pataxó, situada no Parque Mambucaba. A gerente de Educação Comunitária, Sílvia Bitencourt, comemorou o grande sucesso do fórum e afirmou que, além de ser um compromisso da atual gestão, ele é uma demanda das escolas e dos movimentos sociais.
- Nós, da secretaria, estamos comprometidos com a questão do combate ao racismo e à desigualdade racial e, nesse fórum, discutimos a questão da religiosidade, que ainda é um desafio nas escolas públicas. Esperamos que este seja mais um espaço de formação permanente para os nossos profissionais e de articulação entre o poder público e a sociedade civil. Queremos contribuir para uma prática educacional mais comprometida com a questão das diferenças que existem em nossa cidade, inclusive quanto às vertentes religiosas - diz Sílvia.