Encontro do VIII EJA reúne grande público

Mais de 100 profissionais da Educação de Jovens e Adultos participam da formação continuada

02 de junho de 2014
A Prefeitura de Angra, por meio da Secretaria de Educação, Ciência e Tecnologia, reafirmando seu compromisso com a política de formação continuada dos professores que atuam no Ensino de Jovens e Adultos (EJA), realizou na quarta-feira, 28, o VIII Encontro do EJA.

Mais de 100 profissionais envolvidos com a Educação de Jovens e Adultos participaram do evento que, segundo a subsecretária de Educação, Patrícia Dal Col, é de total importância tanto para os professores, quanto para o desenvolvimento dos alunos. Ela destaca ainda a parceria entre a Secretaria de Educação e as universidades públicas.

- Esse é mais um momento de formação continuada de professores que considero fundamental para a rede de ensino. As nossas formações vêm traçando caminhos dos diálogos com as universidades públicas, com as quais estamos estabelecendo um termo de cooperação. Estamos em contato permanente com os professores dessas universidades que nos prestam assessoria em várias modalidades de ensino, sem custo algum para a Secretaria de Educação, o que é muito importante - afirma Patrícia Dal Col.

Na mesa de debates, os professores convidados discursaram sobre o tema Cultura, Trabalho e Educação. O professor Universidade Federal do Rio de Janeiro (UniRio), Miguel Farah, falou sobre a necessidade de os educadores e escolas pensarem e perceberem as diversidades culturais, as situações sociais e as desigualdades que existem dentro de suas próprias classes.

- As escolas precisam refletir quem são os seus sujeitos e quais são os seus projetos de vida. Elas também precisam pensar um projeto que atenda ao propósito de vida da própria comunidade. Precisam pensar formas que não preguem a homogeneidade, porque a homogeneidade está no sentido da gente oferecer a todos o direito da educação e fazer cumpri esse direito, atendo às diferentes demandas e características que essa população tem. Temos que pensar como desenvolver um olhar mais afinado com o outro e com as diferenças, quando o Brasil ainda tem a desigualdade como um sinônimo de diversidade. A gente precisa combater a desigualdade e não a diversidade, que é a possibilidade do diferente - explica Farah.

Também estavam presentes à mesa de debates, a professora Rosilda Nascimento Benácchio, da Universidade Federal Fluminense (UFF/IEAR), e o professor Elionaldo Fernandes Julião, da UFF/IEAR. No segundo momento, o profº Renato Pontes Costa, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC - RJ), apresentou uma proposta de construção do Almanaque da EJA de Angra.