O uso de máscara não será mais obrigatório em Angra dos Reis, a partir desta segunda-feira (14). A informação foi divulgada pelo prefeito da cidade durante uma live na tarde de hoje, na qual estava acompanhado pelo secretário municipal de Saúde e por uma médica intensivista.
Para formalizar a decisão, foi publicado o decreto nº 12.518 no Boletim Oficial do Município, nº 1.465 disponível no site da Prefeitura. A liberação veio após 75% da população ter tomado a 1ª dose e 67% estar em dia com a 2ª dose da vacina contra a covid.
- Encerramos esse ciclo com o sentimento do dever cumprido. A partir de agora as máscaras estarão liberadas, mas vai ficar a critério dos estabelecimentos, se eles sentirem a necessidade poderão pedir que seus clientes utilizem. Os únicos lugares onde elas continuarão sendo obrigatórias serão nas unidades de saúde – destacou o secretário de Saúde.
Os moradores e turistas que visitarem a cidade também serão dispensados de prévia comprovação de vacinação contra a covid-19 para acesso e permanência no interior dos estabelecimentos no município.
A diminuição nos casos da doença levou também à desmobilização do Centro de Referência de Covid-19, que durante quase dois anos funcionou na Santa Casa. Agora os pacientes que precisarem de internação devido ao coronavírus serão atendidos nos hospitais gerais da cidade.
- A prefeitura investiu R$ 3 milhões em obras na Santa Casa e R$ 15 milhões em equipamentos como tomógrafo computadorizado, 121 camas hospitalares, 37 ventiladores mecânicos, 95 monitores multiparâmetros, 6 cateteres de alto fluxo, 6 cardioversores e 100 bombas infusora - destacou o secretário de Saúde, informando que os equipamentos, agora, terão a missão de ofertar um atendimento de mais qualidade aos moradores no HMJ, SPAs e na UPA Infantil.
O Centro de Referência encerra suas atividades com a menor taxa de mortalidade do Estado e uma das menores do país. Diferente de muitos governos que investiram em hospitais de campanha e estruturas provisórias, a Prefeitura de Angra optou por investir na saúde da cidade.
- Angra se preparou. Antes do primeiro caso confirmado da doença na cidade, já tínhamos um Centro de Referência montado. Isso fez toda a diferença – destacou a médica intensivista.
Com mais de 700 dias de funcionamento, o Centro de Referência Covid-19 conclui sua missão totalizando 1.805 internações, 1.406 altas e 398 óbitos – 21,12% de taxa de mortalidade. No auge da pandemia, a unidade chegou a contar com 120 leitos ativos e 630 profissionais atuando na luta pela vida.
- Trabalhamos para que, na pandemia, ninguém em Angra perdesse sua via por falta de leito ou atendimento e cumprimos a nossa missão. Tivemos muitas decisões assertivas, como as tendas de pré-atendimento, o Centro de Referência e a nossa vacinação, que continua. Atendemos todos os moradores de Angra e outros 50, de Mangaratiba e Paraty. Ainda pudemos ofertar assistência a 49 pessoas de outras 13 cidades: Itaguaí, Rio Claro, Barra Manda, Volta Redonda, Barra do Piraí, São Gonçalo, Rio Bonito, Rio de Janeiro, Casimiro de Abreu, Belford Roxo, Campo Belo/MG, Guarujá/SP e Rio Branco/AC – frisou o prefeito.
As tendas de pré-atendimento covid-19 serão desmobilizadas na terça-feira (15). A partir de quarta-feira (16), os moradores com síndrome gripal devem procurar o Serviço de Pronto Atendimento (SPA) mais próximo.
FUTURO DA SANTA CASA
Outro assunto abordado na coletiva foi a encampação da Santa Casa de Misericórdia de Angra dos Reis pela Prefeitura. De acordo com o prefeito, esse é um modelo de gestão que permite mais legalidade.
O prédio será desapropriado pelo município e a Irmandade, gestora atual da unidade de saúde, receberá uma indenização no valor do imóvel.
- A Santa Casa vai ser um hospital referência para o atendimento das crianças e das mulheres. Todas as especialidades voltadas para estes públicos serão concentradas lá – explicou o prefeito.