Para intensificar a imunização contra a poliomielite, a Prefeitura de Angra dos Reis está realizando busca ativa por crianças que ainda não tenham sido vacinadas no município. A ação consiste no envio de agentes comunitários de saúde às residências para informar aos pais e responsáveis sobre a pendência na vacinação. O objetivo é aumentar a conscientização da população quanto à importância de comparecer às unidades de saúde para garantir a vacina para o público-alvo.
A vacinação acontece em todas as ESFs espalhadas pelo município. O grupo-alvo da vacinação são as crianças menores de cinco anos de idade, e o documento necessário, que deve ser apresentado na hora de receber a imunização, é o cartão de vacina da criança – caso ainda não tenha efetuado a atualização do cadastro nas unidades de saúde, é importante levar também o CPF e o cartão do SUS.
A campanha de vacinação contra a poliomielite no município vai até o dia 18 de outubro deste ano. Na manhã desta terça-feira, 4, o marinheiro Brumel Filipe dos Anjos, de 37 anos, levou a filha Lavínia Domingues, de 3 aninhos de idade, à ESF do Marinas, para uma imunização que ele considera muito importante.
– Muitas crianças ainda não foram vacinadas, e eu vi na TV uma pessoa falando sobre a importância da vacinação contra a poliomielite. Eu e minha esposa estamos sempre prestando atenção nas vacinas que nossa família deve tomar, e peço para que outros pais tragam seus filhos, para que essa doença não volte – declara Brumel.
As crianças menores de um ano deverão ser vacinadas conforme a situação vacinal encontrada para o esquema primário; as crianças de um a quatro anos deverão ser vacinadas indiscriminadamente com a vacina oral poliomielite (VOP), desde que já tenham recebido as três doses de vacina inativada poliomielite (VIP) do esquema básico.
Assim como em outros países localizados nas Américas, o Brasil recebeu, em 1994, certificação da Organização Mundial da Saúde atestando que o país estava livre da poliomielite. Porém, por conta principalmente dos baixos níveis de cobertura vacinal, existe um alerta relacionado à reintrodução da doença no país.
Doença infectocontagiosa aguda, a pólio pode provocar desde sintomas leves, como um resfriado comum, a problemas graves no sistema nervoso, como paralisia irreversível, principalmente em crianças com idade abaixo dos cinco anos. As crianças devem tomar cinco doses da vacina: injetável aos 2, 4 e 6 meses de vida; gotinhas aos 15 meses e aos 4 anos de idade.